No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,76%, cotada a R$ 5,7712. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores, fechou em queda de 0,65%, aos 125.147 pontos. Notas de dólar.
Reuters
O dólar inicia o pregão desta quarta-feira (5), com investidores atentos ao cenário geopolítico mundial, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugerir assumir o controle da Faixa de Gaza.
No Brasil, o mercado aguarda a divulgação dos dados de produção industrial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também no cenário interno, investidores repercutem falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a inflação no país. Lula disse, nesta manhã, que vai se reunir com representares do setor de alimentos para procurar solução para o aumento dos preços.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,76%, cotada a R$ 5,7712.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,13% na semana e no mês;
recuo de 6,61% no ano.
a
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,65%, aos 125.147 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,78% na semana e no mês;
ganho de 4,04% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Os desdobramentos do “tarifaço” imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a impactar os mercados globais.
Nesta terça-feira (4), a China impôs novas tarifas sobre importações dos EUA, em retaliação às taxações norte-americanas. O gigante asiático determinou um imposto de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.
As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10). A decisão do gigante asiático é mais um passo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, e coloca a atenção sobre a efetividade das ameaças tarifárias dos EUA, uma estratégia antiga usada pelo país para favorecimento próprio.
A leitura, no entanto, é que esse “tarifaço” tem perdido a força. Isso porque só na segunda-feira, por exemplo, Trump já recuou de suas ameaças e fez acordo com o México e com o Canadá. Em ambos os casos, o tratado determinou a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.
No entanto, a leitura é que esse “tarifaço” tem perdido força. Na segunda-feira, Trump fez acordos com o México e o Canadá, que determinaram a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.
Agenda do dia: de olho nos juros e em dados de atividade dos EUA
No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu na semana passada. O encontro resultou na decisão de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual.
No documento, o comitê afirmou que as expectativas de inflação aumentaram significativamente nos últimos meses, para o curto, médio e longo prazo. As projeções indicam uma inflação acima da meta pelos próximos seis meses consecutivos.
A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é uma inflação de 3% – considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
No regime de meta contínua, se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Se as projeções se concretizarem, 2025 terá um novo estouro da meta de inflação.
Entre os fatores que pressionam a inflação, o Copom destaca:
Alta dos preços dos alimentos;
Pressão do dólar sobre a economia;
Perspectivas cautelosas sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas.
Com esses fatores em mente, a instituição já indicou um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, o que deve levar a taxa Selic a 14,25% ao ano. Outras altas ainda são esperadas, e o mercado projeta os juros a 15% ao ano até o fim de 2025.
Juros mais altos atraem mais investidores, pois os títulos públicos passam a oferecer rentabilidades mais atrativas. Isso pode ajudar a reduzir a pressão do dólar.
No exterior, foram divulgados os dados da indústria dos EUA. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano, as novas encomendas de produtos manufaturados caíram em dezembro, puxadas por um declínio nas reservas de aeronaves civis. A demanda em outros setores, no entanto, foi firme.
Além disso, as vagas de emprego em aberto na maior economia do mundo também recuaram no último mês de 2024. O número baixo de demissões, por outro lado, ainda sugere que o mercado de trabalho não está desacelerando abruptamente.