7 de fevereiro de 2025

Governo vai discutir adesão à Opep+ no próximo dia 18, diz ministro de Minas e Energia


Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados já manifestou interesse na entrada do Brasil no grupo. Opep reúne 13 países, como Arábia Saudita, Venezuela e Irã. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (5) que o governo vai discutir, no dia 18 de fevereiro, a adesão à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).
🔎 Criada em 1960, a Opep reúne hoje 13 grandes países ofertantes de óleo no mundo como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
🔎 A sigla “Opep+”, com o símbolo de adição, inclui também os chamados “países aliados” – que não integram a organização propriamente, mas atuam de forma conjunta em algumas políticas internacionais ligadas ao comércio de petróleo e na mediação entre membros e não membros. É nesse grupo que o Brasil deve entrar.
“É fundamental que a gente participe desses fóruns de discussão que nos permite avançar em especial na visão estratégica de desenvolvimento econômico, de sustentabilidade e resultados sociais. Vemos a plataforma Opep+ como uma plataforma fundamental”, declarou a jornalistas em evento no Ministério de Minas e Energia.
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A Opep+ corteja o Brasil há alguns anos, mas, em novembro de 2023, o governo confirmou que analisa o convite para entrar no grupo. A confirmação veio durante viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Arábia Saudita – membro influente do grupo.
Está agendada para o dia 18 de fevereiro a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) – órgão de aconselhamento atrelado à Presidência da República, do qual participam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros de Estado.
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A adesão do Brasil à Opep+ será discutida nessa reunião, com recomendação favorável do Ministério de Minas e Energia, conforme sinalizou Silveira.
Se aprovada, a adesão será feita no ano em que o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), enquanto tenta se firmar como liderança ambiental.

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