Informação foi revelada nesta quarta-feira (5) pelo The Wall Street Journal. Medida acompanha movimento feito por outras empresas americanas. Fachada do Google em Irvine, Califórnia
Reuters/Mike Blake
O Google decidiu acabar com suas metas de contratação com foco em diversidade, revelou nesta quarta-feira (5) uma reportagem do The Wall Street Journal.
Segundo o jornal, o Google disse em um e-mail para funcionários que vai seguir com equipes diversas em seus escritórios, mas deixará de definir objetivos para ampliar a representatividade na empresa.
“Continuaremos a investir em estados nos EUA e em muitos países globalmente, mas, no futuro, não teremos mais metas ambiciosas”, afirmou a empresa.
Em 2020, o Google havia definido a meta de ampliar em 30% a “representação em cargos de liderança de grupos sub-representados” até 2025. Ela foi anunciada em meio aos protestos realizados após o assassinato de George Floyd, um homem negro, por Derek Chauvin, um policial branco.
O Google informou que está avaliando se continuará a divulgar relatórios anuais de diversidade, como faz desde 2014, e que está revisando recentes decisões da Justiça e ordens executivas do presidente dos EUA, Donald Trump, para que seus programas de diversidade estejam em conformidade.
Ainda de acordo com o WSJ, a Alphabet, controladora do Google, divulgou nesta quarta um relatório em que omitiu a declaração de que estava “comprometida em tornar a diversidade, equidade e a inclusão parte de tudo o que fazemos”.
A decisão acompanha outras empresas dos Estados Unidos que tem reduzido suas iniciativas de diversidade.
Em janeiro, a Meta, dona do Facebook e do Instagram encerrou seu programa de diversidade e inclusão, que englobava contratação e treinamento de funcionários e seleção de fornecedores.
Segundo a Reuters, a Amazon anunciou em dezembro que estava “encerrando programas e materiais desatualizados” sobre representatividade. A empresa manteve referências sobre diversidade em seu site, mas removeu a declaração de que “diversidade, equidade e inclusão são boas para os negócios”.