Com fivela, chapéu e um manga-larga marchador, Mariana Costa toca berrante e encanta com a voz de quem nasceu para o sertanejo. Conheça a Mini Boiadeira de Uberlândia. Mini Boiadeira de Uberlândia se inspira em Ana Castela
Parafraseando a sertaneja Ana Castela, Mariana Costa Ramos, de 9 anos, é boiadeira, não tem frescurinha para abrir porteira e desde cedo é dona de si. A mineira de Uberlândia diz, com orgulho, que ama a cidade e o acolhimento das pessoas, sonha em cantar nos rodeios de Barretos e, principalmente, viver da música.
Mas como toda história de sucesso que começa com um cenário difícil, entre vontades divididas, Mariana conta que a maior escolha da vida, no auge dos 7 anos, foi trocar a maquiagem pelo chapéu e pela bota.
“Foi uma coisa bem difícil, mas quando eu vi a Ana Castela pela primeira vez eu fiquei encantada. Hoje eu sei que foi a melhor escolha que eu poderia ter feito”, relembrou.
Daí em diante, na cabeça da menina sempre estava o chapéu e o sonho de conhecer Ana Castela. Segundo Josiane Costa Ramos, a mãe de Mariana, em casa tudo se resumiu à sertaneja e que muitas vezes se assustou com mudança da filha em tão pouco tempo.
Mini Boiadeira e Ana Castela
Reprodução/Arquivo pessoal
Juntas, mãe e filha foram ao show da cantora na vizinha Monte Alegre de Minas. E lá, Mariana encontrou um berrante pela primeira vez e se apaixonou.
A partir dali o desejo era aprender a tocar berrante. E o aprendizado veio de um jeito inesperado.
Com um cano de PVC, Mariana treinou para quando tivesse o próprio berrante, afinal, toda boiadeira precisa de três coisas: um chapéu, um berrante e um cavalo.
“O pai dela falou para ela treinar primeiro com o cano e que quando aprendesse, iríamos comprar o berrante. A nossa surpresa foi que logo na primeira vez ela já se deu super bem, parecia que era algo que ela já sabia”.
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E foi assim que a vida mudou. Na cidade mineira, a Mini Boiadeira, como passou a ser chamada, tem um pouco de tudo. Fivela, chapéu e faltava o manga-larga marchador.
Na missão de tocar seu berrante e soltar a voz por esse Brasil de muitos brasis, Mariana se juntou à Comitiva Agro Bass. Lá ela diz montar cavalo, abrir porteiras e, principalmente, cantar com tantas outras boiadeiras.
E a Mini Boiadeira não para. Misturando modão com baile da gaiola e funk com moda de viola, a primeira música ganha vários ouvintes pelas rádios da região. Para o futuro, ela não diz que não sabe ao certo onde quer chegar mas, para ela, os rodeios de Barretos parecem promissores.
“Eu sempre falo que não sei onde a Mariana vai chegar, mas digo e repito, irei com ela até onde ela quiser”, finalizou a mãe.
Mini Boiadeira de Uberlândia
Reprodução/Arquivo Pessoal
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