6 de fevereiro de 2025

PF suspeita que dinheiro desviado da Saúde em Goiás tenha ido parar nas mãos de aliados de Perillo

Investigações apontam que Perillo reconheceu um instituto suspeito, permitindo assim, contratos com o estado. Suspeitas recaem também sobre ex-secretário de Saúde e aliados. A operação que mira o atual presidente do PSDB, Marconi Perillo – ex-senador e ex-governador de Goiás – rastreou o caminho do dinheiro de contratos ilegais.
A investigação verificou , a partir de relatórios bancários, que essa validação de Perillo que uma organização social se beneficiasse de contratos quando o político governava o estado.
Em seguida, teriam havido repasses para pessoas próximas a Perillo e ao ex-secretário de Saúde de Goiás, Antonio Faleiros Filho.
Ex-governador de Goiás é alvo de busca da PF em operação
O blog apurou que, como governador, Marconi Perillo reconheceu o Instituto Gerir como organização social – apesar de a entidade existir há pouco tempo e não ter experiência em contratos com o governo.
Mais: a suspeita é que os administradores do Instituto Gerir eram ex-funcionários de um empresário que já era conhecido do governo de Goiás e tinha conseguido diversos contratos sem licitação, sem ter ninguém para concorrer.
Ainda segundo as investigações, ficou comprovado, por meio de análises bancárias, que pessoas próximas do governador e do ex-Secretário de Saúde, Antônio Faleiros Filho, recebiam valores oriundos dos contratos.
Operação em GO e DF
A operação Panaceia foi realizada na manhã desta quinta-feira (6) e sequestrou mais de R$ 28 milhões dos investigados.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Goiânia e um em Brasília. Os mandados e o sequestro do dinheiro foram determinados pela Justiça.
Ao g1, a PF explicou que ainda não foi contabilizado o valor desviado, mas pontuou que pode ser ainda maior que os R$ 28 milhões sequestrados dos investigados.
O g1 entrou em contato com a assessoria do político Marconi Perillo, que era o governador de Goiás na época dos desvios, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Como o nome da organização não foi divulgado pela polícia, a reportagem não conseguiu localizá-la para um posicionamento sobre o caso.
O governo de Goiás afirmou que a Organização Social nunca prestou serviços à atual gestão e que, a partir de 2019, “foram implementados a controles internos para garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos” com o objetivo de impedir desvios de recursos.

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