8 de fevereiro de 2025

Trump diz que vai demitir alguns agentes do FBI que investigaram ataques de 6 de janeiro


No fim de janeiro, Procuradoria-Geral dos EUA pediu para que FBI entregasse lista de funcionários que trabalharam no caso. Autoridade chegou a informar que agentes não seriam punidos. Trump impõe sanções ao Tribunal Penal Internacional
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (7) que vai demitir alguns agentes do FBI que investigaram os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Trump não deu detalhes sobre quantos agentes serão demitidos nem quando isso acontecerá.
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No fim de janeiro, a Procuradoria-Geral dos Estados Unidos ordenou que o FBI entregasse uma lista com todos os funcionários da agência que participaram da investigação do ataque. Cerca de 6 mil agentes teriam trabalhado no caso.
Diante da ordem, dois grupos de funcionários do FBI processaram o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para tentar impedir a divulgação da lista. Na petição, eles alegam que o governo pretende identificar agentes para demiti-los ou puni-los de alguma forma.
A relação acabou sendo entregue pelo FBI mesmo assim, segundo a agência Reuters. O procurador-geral adjunto interino, Emil Bove, chegou a afirmar que os agentes que trabalharam na investigação do ataque de 6 de janeiro não corriam risco de demissão ou outras punições.
“Os únicos indivíduos que devem se preocupar são aqueles que agiram com intenção corrupta ou partidária”, afirmou.
O governo dos Estados Unidos declarou que não tornará pública a lista com os nomes dos agentes enquanto o processo movido pelos funcionários do FBI estiver em andamento na Justiça.
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O 6 de janeiro
Apoiadores radicais de Trump invadiram o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021 para interromper a certificação do presidente eleito, o democrata Joe Biden
Reuters
Em 6 de janeiro de 2021, centenas de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio na tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020. Cinco pessoas morreram, e cerca de 140 policiais foram agredidos durante o ataque.
Mais de 1.500 pessoas foram alvos de investigações criminais. Ao retornar ao cargo, em 20 de janeiro deste ano, Trump concedeu perdão presidencial a todos os acusados e determinou que a Procuradoria-Geral buscasse o arquivamento de processos em andamento.
Mesmo antes da divulgação da lista, alguns funcionários do FBI já vinham sendo perseguidos na internet por meio de campanhas promovidas pelos próprios investigados pelos ataques de 6 de janeiro de 2021. Um deles é Shane Jenkins, condenado a sete anos de prisão por atirar objetos contra policiais e quebrar uma janela do Capitólio com um machado.
“Aqui estão os meus promotores. Vamos garantir que essas pessoas sejam demitidas!”, escreveu Jenkins, nomeando o agente do FBI responsável pelo seu caso, assim como o juiz.
Os pedidos de retaliação ocorrem em meio a um aumento nas ameaças e na violência política, incluindo dezenas de mensagens intimidadoras enviadas a juízes e promotores envolvidos em processos contra Trump.
A agência Reuters identificou mais de 300 casos de violência política nos quatro anos desde o ataque ao Capitólio, incluindo pelo menos 25 agressões fatais que resultaram em 46 vítimas.
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