8 de fevereiro de 2025

Justiça determina júri popular para motorista de BMW que pegou fogo após batida que causou morte de jovem em Curitiba


Data do julgamento ainda deverá ser definida. Defesa de Gabriel Rodrigues Freitas avalia se vai recorrer da decisão. Motorista do outro veículo morreu após ficar 28 dias internado em UTI com queimaduras severas. BMW que pegou fogo após batida estava a 180 km/h quando provocou acidente em Curitiba
A Justiça determinou nesta sexta-feira (7) que Gabriel Rodrigues Freitas, de 28 anos, vá a júri popular para ser julgado pelo crime de homicídio triplamente qualificado. A defesa do réu pode recorrer da decisão.
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Gabriel era motorista de uma BMW que pegou fogo após se envolver em uma batida com outro carro em agosto de 2024, na Avenida Comendador Franco, também chamada de Avenida das Torres, em Curitiba. Câmeras de segurança registraram o carro em alta velocidade e a explosão. Assista ao vídeo acima.
Segundo as investigações, ele estava a 181 km/h no momento do acidente. A velocidade máxima permitida no trecho é de 70 km/h. Além disso, ele estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
Por conta do acidente, o motorista do outro veículo morreu após ficar 28 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave e com queimaduras severas. Conforme familiares, no dia do acidente, ele havia saído de casa para jogar futebol com amigos.
Nesta sexta, durante a audiência de instrução, um juiz ouviu seis testemunhas do caso e o réu.
Na pronúncia, o juiz considerou as qualificadoras de perigo comum; meio cruel, fogo e explosão; e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, manteve a prisão preventiva do acusado, detido desde o fim de agosto de 2024.
A data do júri popular ainda deverá ser definida.
Por meio de nota, a defesa de Gabriel Rodrigues Freitas afirmou que avalia se vai recorrer da decisão. Além disso, disse que não houve dolo, ou seja, a intenção de matar, e que o processo deveria ser julgado como crime de trânsito.
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Mudança de versão
Carro ficou destruído após batida
RPC
Quando se apresentou à polícia, Freitas disse, em depoimento, que o freio da BMW travou em decorrência de uma falha mecânica do veículo. Por conta disso, conforme o relato, ele perdeu o controle e não conseguiu evitar a batida.
Porém, nesta sexta-feira, durante a audiência de instrução, o acusado apresentou uma nova versão ao juiz, na qual afirmou que o acidente foi causado pelo motorista do outro veículo, que morreu.
Os representantes da família da vítima receberam a versão com surpresa, destacaram a mudança do relato, mas afirmaram que a decisão do juiz seguiu o esperado por eles.
“A decisão de hoje reafirma a esperança da família na justa condenação do réu, o que contribuirá para um trânsito mais seguro”, afirmaram, em nota, os advogados que representam a família.
Carros explodem após batida, em Curitiba
Reprodução/RPC
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