24 de setembro de 2024

Trabalho infantil cresce 35% em Belo Horizonte e atinge quase 12 mil crianças e adolescentes

Em MG, registros diminuíram em 2022 em comparação com 2019. Nesta segunda-feira (15), representantes de prefeituras da Grande BH se reuniram para discutir assunto. Criança trabalhando na rua
TV Globo/ Reprodução
O número de crianças e adolescentes trabalhando cresceu em Belo Horizonte. São 11.947 meninos e meninas nessa situação, o que representa um aumento de 35% em comparação com 2019. Em Minas Gerais, os registros diminuíram 16%, mas o trabalho infantil ainda atinge 237.222 pessoas de 5 a 17 anos.
Nesta segunda-feira (15), representantes de prefeituras da Região Metropolitana se reuniram para repercutir os números, de 2022, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresentados pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MG).
“Em Belo Horizonte, há crianças trabalhando em sinais de trânsito, trabalhando com a mãe e com o pai, fazendo todo tipo de trabalho: lavando carro, vendendo bala, trabalhando em fundições”, afirmou o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Calazans.
Trabalho infantil preocupa em BH
Segundo a SRT-MG, a ideia, agora, é criar um pacto envolvendo cidades da Grande BH para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para o combate ao trabalho infantil.
“Nós estamos com o Tribunal Regional Federal, com o Tribunal do Trabalho, com prefeituras, no sentido de estabelecer compromissos das autoridades para combater essa chaga, combater essa situação, e tentar encontrar uma solução para essas crianças, esses adolescentes”, disse Calazans.
Centro de referência da Prefeitura de BH, no bairro Colégio Batista
TV Globo/ Reprodução
Em Belo Horizonte, a prefeitura desenvolve campanhas de conscientização e realiza ações de atendimento a esse público.
No centro de referência do bairro Colégio Batista, na Região Nordeste, crianças e adolescentes participam de atividades culturais e de informática e recebem alimentação. Os pais também são acompanhados.
“A nossa equipe de abordagem social sai às ruas em busca ativa para fazer a identificação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A família também é atendida e acompanhada, encaminhada, recebe orientações para outros serviços e também para o mundo do trabalho”, afirmou a analista de políticas públicas da prefeitura, Ana Paula Guimarães.
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