Tratamento já dura dois anos e a biópsia vai determinar qual neoplasia acomete o paciente. Universidade Federal de São Paulo, onde ele é atendido, diz que o idoso não compareceu à consulta; família nega. Paciente de Sorocaba (SP) teve problemas na visão enquanto esperava por exames
Arquivo Pessoal
Há quase seis meses na fila por uma biópsia, um morador de Sorocaba (SP) sofreu complicações de um tumor e ficou cego do olho direito. Cláudio Alves de Carvalho, de 73 anos, aguarda o procedimento para ser submetido a uma cirurgia no Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde recebe atendimento.
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São dois anos desde os primeiros sintomas do tumor. Entretanto, já em tratamento, ele teve complicações no final do ano passado e desde outubro aguarda pela biópsia, exame que não é feito em Sorocaba. “Ele está definhando. Precisa urgentemente ser operado”, lamenta a esposa, Sueli Alves de Carvalho
De acordo com a família, o médico que acompanha o paciente indicou uma biópsia oral para diagnosticar a neoplasia infecciosa que afeta o idoso. O exame é feito com a remoção de algumas células de regiões lesionadas ou alteradas da boca e das demais estruturas relacionadas, que serão analisadas em laboratório.
“Por não estar sendo atendido, o tumor afetou o olho dele. Ele não pode ficar assim. Ele está muito debilitado. A situação dele está piorando”, desabafa a esposa.
Devido à demora, o caso foi parar na Justiça e já há determinação judicial para a realização do exame, contudo, a decisão ainda não foi cumprida.
A Universidade Federal de São Paulo, também responsável pelo atendimento, afirmou que o paciente tinha consulta agendada em fevereiro, mas não compareceu. Disse ainda que a família precisa reagendar a consulta para que, então, os médicos possam agendar a biópsia. “Provavelmente, nesse retorno, a biópsia seria agendada”, ressalta.
A família, no entanto, nega a ausência e diz que a consulta foi cancelada, mas que remarcará junto ao hospital.
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