11 de fevereiro de 2025

Série Ouro: Arranco do Engenho de Dentro exalta mães com homenagem à fé e à resistência

A escola celebra a força das mulheres, homenageando mães e Iemanjá, um desfile repleto de simbolismos. Série Ouro: Arranco do Engenho exalta mães com homenagem à fé e resistência
O Arranco do Engenho de Dentro vai emocionar o público com seu desfile pela Série Ouro, trazendo o enredo “As mães que alimentam o sagrado”. A escola homenageia as mulheres que lutam diariamente por seus filhos e mantêm uma fé inabalável diante dos desafios.
Uma das curiosidades sobre o Arranco é sua forte identidade feminina. A escola é gerida por mulheres e considerada uma das mais femininas do carnaval carioca. Na ala das baianas, teremos a representação de Iemanjá, figura de referência na cultura de matriz africana conhecida como a “mãe de todas as cabeças”.
A agremiação quer destacar a importância das mães que, muitas vezes, conciliam trabalho, cuidados com a família e a luta diária para garantir uma vida digna para seus filhos.
Uma ala aborda o “genocídio alimentar”, tema que reflete a dificuldade de acesso a alimentos saudáveis e a rotina exaustiva das mulheres que trabalham fora e precisam se desdobrar para alimentar suas famílias.
Confira o samba-enredo
Criadora e criação
A sublime perfeição ôô
A luz de Obinrin
Orixá assim é raro
É Iyá que tem o faro
Pra amar depois do fim
A senhora do segredo
Do feitiço e do tempero
Sua força é Gueledé
E na grande encruzilhada
Oceano foi estrada
Sem perder a sua fé
Quero bênção de mainha
Milagrosa benzedeira
Yabassé rege a cozinha
Ganha a rua quituteira
Ijexá, pão da terra é padê
Se o pedido vem do ventre, só a fé vai conceber
Ara! Que teu seio tem fulgor
E semeia de amor pela forma mais perfeita
Rega pelas lágrimas de Deus
Cada um dos filhos teus
A paixão pela colheita
Embala eu mamãe
Teu colo é chão onde eu quero morar
Assim a nova mátria nascerá
Entregue a elas o poder
Rogai por nós!
Santa dos altares e terreiros
Maria, me envolva em teu manto
Ó mãe preta do Arranco!
É samba de Yaô, na curimba de mulher
Quem não pode com mandinga, não carrega meu axé
Tenho sangue de rainha, que o sagrado alimenta
Yalorixá que homem nenhum enfrenta

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