Cid diz que Bolsonaro pediu um cartão de vacina fraudado também
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid disse em sua delação premiada que o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou que fosse emitido um cartão de vacinação falsificado para ele e para sua filha, Laura Bolsonaro. Durante o depoimento, Cid revelou como o ex-presidente pediu diretamente a fraude:
“Foi quando eu falei com o presidente também. Ele: ‘faz pra mim também’. Tudo pra ele, pedindo pra ele”, declarou Cid. No entanto, quando um coronel que estava ciente da situação tomou conhecimento do pedido, reagiu imediatamente: “Tá maluco? Pode fazer essa porra não”. Em seguida, pegou o cartão do bolso do presidente e o rasgou.
A Polícia Federal questionou Cid se o documento foi impresso. Ele confirmou: “Imprimiu pra ele. Mas porra nenhuma. Vai fazer isso com o presidente não. Aí eu pedi pra tirar o dele e da Laura”.
Os investigadores perguntaram diretamente se Bolsonaro havia solicitado um cartão para ele e para sua filha. Cid confirmou: “Faz pra mim e pra Laura”.
Os termos da delação
Mauro Cid firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, revelando detalhes comprometedores sobre Bolsonaro e seu círculo próximo.
Em troca de sua colaboração, Cid pediu que suas condenações fossem reduzidas ou limitadas a dois anos de prisão, que seus bens apreendidos fossem devolvidos e que sua segurança e a de sua família fossem garantidas. O acordo também previa que os benefícios fossem estendidos ao pai, à esposa e à filha mais velha do delator.