Família relata que jovem entrou na sala de emergência, após piorar esperar atendimento. A Polícia Civil investiga o caso e aguarda o resultado do exame cadavérico. Jovem de 23 anos morre após fazer procedimento no pulmão em UPA em Caldas Novas
Francisco Guilherme da Costa Silva, de 23 anos, morreu depois de dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Caldas Novas, no sul de Goiás, e ser submetido a um procedimento médico no pulmão. A família afirma ter ocorrido um erro médico e certidão de óbito a aponta, entre as causas da morte, “pneumotórax extenso por perfuração pulmonar” e “complicação de procedimento médico invasivo”. A Polícia Civil investiga o caso.
Ao g1, a Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas informou que foi aberta uma sindicância para averiguar os fatos relacionados ao óbito do jovem e aguarda o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) (confira a nota completa ao final da matéria).
O jovem morreu no dia 15 de fevereiro. Para a TV Anhanguera, a mãe do jovem, Graciane Lisboa, fala que o filho foi para a UPA durante em crise de asma. “Na triagem, a menina mediu a saturação dele e falou que estava normal. Então, a gente ficou na espera e, com isso, meu filho ia piorando. Ele falando: mãe, eu estou morrendo”, narrou.
Ela conta que, no desespero, foi atrás de um médico e, quando encontrou, ela e o médico levaram o jovem para a sala de emergência. “Eles fizeram um procedimento errado. Eles perfuraram o pulmão do meu filho”, contou.
Francisco Guilherme da Costa Silva, de 23 anos, morreu depois de dar entrada em uma UPA, em Caldas Novas, Goiás,
Reprodução/TV Anhanguera
Investigação
Ao g1, o delegado Rogério Moreira explicou que a Polícia Civil está investigando o caso e aguarda o laudo do exame cadavérico do IML. Segundo ele, só com o resultado desse exame é possível confirmar se houve culpa ou não no procedimento adotado em relação à vítima.
Quanto à perfuração no pulmão citada na certidão de óbito de Francisco Guilherme, ele explicou que é um procedimento comum em casos graves de urgência em que o paciente precisa respirar. “Pelo que apuramos, é um procedimento comum. Não foi uma perfuração acidental, foi um procedimento adotado visando salvar a vida do paciente. Agora, se foi devido ou não, correto ou não, somente o laudo médico vai poder atestar se houve algum erro”, esclareceu o delegado.
O delegado explicou também que o “complicações de procedimento médico invasivo” é citado na certidão de óbito do jovem como uma explicação básica sobre o procedimento a que ele foi submetido. “É uma explicação básica de que o paciente passou por intervenção de modo interno e que não conseguiu salvar o paciente. Mas não quer dizer que houve culpa ou não, se foi certo ou não, se foi devido ou não”, afirmou.
Ele contou ainda que já foram ouvidos um parente da vítima e um dos médicos que atendeu Francisco Guilherme. “Por enquanto, não há nenhum parecer, nenhum juízo de valor sobre o caso que encontra-se em andamento”, finalizou.
Nota da Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas
Em razão dos questionamentos sobre “o falecimento de Francisco Guilherme da Costa Silva na Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Caldas Novas”, o Governo de Caldas Novas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público esclarecer que:
1) Segue em curso na Secretaria Municipal de Saúde, uma sindicância para averiguar os fatos relacionados ao óbito do paciente. Para tanto, aguarda o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) que deve sair em aproximadamente 30 dias.
iante das investigações em curso, a Administração Municipal opta por não se manifestar até a conclusão final de todo o processo.
Lamentamos profundamente o ocorrido, nos solidarizamos com a família neste momento de dor. Respeitosamente, nos colocamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
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