25 de setembro de 2024

Quinze homens viram réus na Justiça Federal por integrar ‘bonde’ de milícia com fuzis e pistolas e trocar tiros na Avenida Brasil

Segundo a polícia, o grupo estava em quatro carros, três deles clonados, e foram interceptados pela PRF na pista sentido Centro da Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Dezesseis milicianos são interceptados pela polícia na Avenida Brasil
A Justiça Federal no Rio tornou réus os 15 homens acusados de fazer parte de um “bonde” de uma milícia e que foram presos após uma troca de tiros com a Polícia Rodoviária Federal na Avenida Brasil, na madrugada do dia 7 de março.
Segundo a polícia, o grupo estava em quatro carros, três deles clonados, e foi interceptado pela PRF na pista sentido Centro da Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Na troca de tiros, seis criminosos foram baleados, segundo a PRF. Com o bando, os policiais apreenderam 12 fuzis, 7 pistolas, duas granadas artesanais e milhares de munições. Um homem conseguiu fugir.
Segundo a polícia, todos pertencem à milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso no final do ano passado.
“(…) tem-se que o verdadeiro arsenal bélico que os denunciados levavam consigo – composto por, pelo menos, 12 fuzis, 7 pistolas, 2 granadas e milhares de munições, além de coldres, camisas, calças e cintos táticos, camisas com a inscrição “polícia”, balaclavas e rádios comunicadores – e a forma de deslocamento – um comboio sinistro, vulgarmente denominado “bonde”, composto por quatro veículos que transitavam pela mais importante avenida da cidade na calada da noite – não deixa dúvida de que todos, em comunhão de ações e desígnios, integravam verdadeira milícia privada”, diz um trecho da denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal.
A interceptação do “bonde da milícia” foi possível após uma troca de informações de inteligência entre a PRF e a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil.
De acordo com a denúncia, naquela madrugada, o objetivo dos milicianos “era transportar verdadeiro arsenal de armas de fogo e munições entre localidades por eles dominadas, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com o objetivo de manter seu impressionante poderio bélico”.
Os presos vão responder pelos crimes de:
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
porte e transporte de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito
posse de artefato explosivo
resistência qualificada
receptação
constituição de milícia privada
Os réus são:
Alexandro dos Anjos Garcia
Driel Azevedo de Araújo (baleado e hospitalizado)
Jean Arruda da Silva (baleado e hospitalizado)
Jefferson Ferreira de Oliveira (baleado, atendido e recebeu alta)
Jhonata Farias de Araújo
Leandro de Oliveira Silva
Lucas Martins Venâncio
Lucas Souza de Ramos
Marcos Aurélio Soares Santos de Carvalho (baleado, atendido e recebeu alta)
Marcos Paulo Dias Moreno
Marcos Vinícius da Silva Raimundo
Mário Lúcio de Souza Cruz
Marlon da Cruz Chaves (baleado, atendido e recebeu alta)
Maurício Paiva da Costa Júnior
Wallace de Oliveira Balbino (baleado e hospitalizado)

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