23 de fevereiro de 2025

Entenda por que procura por Educação de Jovens e Adultos diminuiu 18% em Campinas


Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em 2022, havia 3.066 matrículas, contra 2.503 em 2024. Há 14 mil pessoas acima de 16 anos que não sabem ler e escrever na metrópole. Diminui em 9% número de alunos matriculados na EJA de Campinas em um ano
O número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campinas (SP) registrou queda de 9,38% em 2024. De acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cidade tinha 2.762 matrículas em 2023. O total de inscritos caiu para 2.503 estudantes no ano passado.
✍️Em comparação com 2022, quando foram matriculados 3.066 alunos, a queda fica ainda maior. chegando a 18,36%. Confira no gráfico, abaixo. Há 14 mil pessoas acima de 16 anos que não sabem ler e escrever na metrópole.
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Falta de incentivo 🏫
Mas, por que há pouca procura?🤔 De acordo com José Batista de Carvalho Filho, gerente da EJA da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), “a população idosa tem uma certa dificuldade de buscar a sala de aula”, explica.
Além disso, há falta de incentivo dos amigos e familiares dessas pessoas para que elas possam procurar a instituição para alfabetização.
“O incentivo, ele é decisivo. Tanto das pessoas que moram junto com o não alfabetizado, como dos colegas. A FUMEC está fazendo um apelo ao exercício da cidadania. E o que é esse exercício da cidadania? Se você conhece alguém que não saiba ler e escrever, indique para se matricular “, relata o gerente.
‘Não é tarde para aprender’ ✍
Número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos diminui 9,38% em Campinas
Reprodução/EPTV
Indo em contramão dos dados, Miriam procurou uma EJA e para aprender a ler e a escrever, antes disso, ela conta que “não tinha vida social”, mas com a leitura, sua vida mudou completamente.
“A minha vida mudou. Hoje eu consigo expor as minhas vontades, as minhas necessidades. Converso em qualquer lugar, entro e saio com a cabeça erguida. Eu me sinto gente, um ser humano, igual a qualquer um”, conta Miriam.
Francisca Silva, mais conhecida como Marlene, atualmente estudante de uma EJA, diz que muitos a questionam por ter decidido se alfabetizar na melhor idade.
“‘Depois de velha vai pra escola?’ Eu falava: Vou! Não é tarde para aprender”.
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