27 de fevereiro de 2025

Dino homologa plano do Congresso para transparência, mas liberação de emendas suspensas ainda precisará de aval do plenário do STF

Liberação de emendas suspensas, no entanto, dependerá da homologação do plano pelo plenário do STF. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino homologou nesta terça-feira (26) o plano de trabalho apresentado pelo Congresso Nacional e pelo governo federal para aumentar a transparência na execução das emendas parlamentares. Com a decisão, Dino afirmou que não há impedimentos para a liberação dos recursos, desde que as regras de transparência e rastreamento dos valores sejam cumpridas e que recebam o aval também do plenário do STF.
O plano foi enviado ao STF após a Corte cobrar medidas para garantir maior controle sobre a destinação das emendas, especialmente as de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, declaradas inconstitucionais pelo Supremo em 2022.
Ministro Flávio Dino, do STF, determina que CGU faça auditoria sobre o repasse de milhões de reais em emendas parlamentares para prefeituras de todo o país
O documento prevê a publicação dos autores e dos beneficiários das emendas no Portal da Transparência, além da criação de mecanismos para rastrear os repasses.
“Não há nenhum empecilho para que os recursos das emendas sejam pagos, desde que as medidas de transparência sejam implementadas”, afirmou Dino em sua decisão.
Com a nova regulamentação, algumas situações ainda podem bloquear a liberação dos recursos, como:
Falta de transparência: se os dados de autoria e destinação não forem devidamente publicados.
Irregularidades identificadas em auditorias da CGU e do TCU.
Transferências para ONGs e entidades do terceiro setor que não comprovarem a correta aplicação dos recursos.
Falta de contas específicas na área da saúde para recebimento das emendas.

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