Município tem 795 casos da doença neste ano. Servidores passaram pelo primeiro treinamento nesta quinta-feira (27). Servidores de São Carlos participam de treinamento para usar métodos contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
Prefeitura/Divulgação
São Carlos (SP) está entre as três cidades do estado de São Paulo escolhidas pelo Ministério da Saúde para testar dois métodos de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças.
Para que o município se torne piloto para testes com o método Wolbachia e Estação Disseminadora de Larvicida (EDL), servidores da Vigilância em Saúde participaram de um treinamento online nesta quitna-feira (27). Sorocaba e São José de Campos também vão participar.
📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp
A cidade tem 795 casos da doença neste ano. Veja aqui a situação na região.
LEIA TAMBÉM: Leme registra 2ª morte por dengue, e região soma 13 neste ano; veja por cidade
O que é o método Wolbachia?
Mosquitos com a bactéria Wolbachia
TV Morena/Reprodução/Arquivo
A bactéria Wolbachia diminui significativamente a capacidade dos mosquitos Aedes aegypti de transmitirem doenças.
“Mosquitos Aedes aegypti com a bactéria são liberados para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população de mosquitos, todos com Wolbachia. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça estável, sem a necessidade de novas liberações. Este efeito torna o método autossustentável e uma intervenção acessível a longo prazo”, explicou Wander Bonelli, secretário adjunto de Saúde.
A Wolbachia estimula o sistema imunológico do mosquito, o que torna menos provável que ele contraia a dengue. Se o mosquito contrair dengue, porém, a Wolbachia faz que seja mais difícil que o vírus cresça dentro do inseto e seja transmitido aos humanos.
O que é a Estação Disseminadora de Larvicida (EDL)?
Estação disseminadora de larvicida
TV Anhanguera/Reprodução/arquivo
Já a Estação Disseminadora de Larvicida (EDL) foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).
A técnica atrai os insetos para um pote plástico com água, recoberto com tecido preto umedecido e impregnado com um larvicida em pó muito fino. Ao pousar, o larvicida adere ao mosquito que o leva para o criadouro, permitindo que a substância alcance suas larvas e impeça a proliferação.
Publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, a pesquisa começou em um bairro de Manaus, capital do Amazonas. Devido aos bons resultados, o método está sendo levado para outros estados.
Bairros com mais casos terão projetos
Dia de combate à dengue recolheu 20 toneladas de lixo em São Carlos
EPTV
Serão escolhidos os bairros com o maior número de casos positivos da doença para a implantação dos projetos pilotos.
“São duas tecnologias que vêm fortalecer e otimizar as nossas ações no combate ao mosquito. Nesse primeiro encontro, o município foi apresentado para as tecnologias, mas teremos novos encontros, porém os próximos presenciais. Vamos traçar um plano de ação a partir dos critérios do Ministério da Saúde, identificando as áreas de maior incidência do mosquito Aedes aegypti para então implementar essas duas novas tecnologias”, disse Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde, por meio da assessoria de imprensa.
O próximo treinamento de forma presencial vai ser realizado logo após o carnaval. O local, a data específica e horário do encontro, o Ministério da Saúde ainda vai definir.
De 60 casas visitadas em São Carlos, apenas 5 não tinham criadouros; veja VÍDEO:
Dengue em São Carlos: De 60 casas visitadas, apenas 5 não tinham criadouros
VÍDEOS DA EPTV:
Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara