Filme estrelado por Fernanda Torres concorre em três categorias (Filme, Filme Internacional e Atriz). Veja concorrentes, bastidores e detalhes sobre trilha, atuação, looks e elenco. Bastidores do filme “Ainda Estou Aqui”, representante do cinema brasileiro no Oscar 2025
Reprodução/Redes sociais
Muito já foi falado sobre “Ainda estou aqui”, o primeiro longa brasileiro da história a ser indicado na categoria Melhor Filme, a principal do Oscar. A edição de 2025 da premiação acontece neste domingo (2) em Los Angeles, com apresentação do comediante Conan O’Brien e transmissão ao vivo na TV Globo.
A produção dirigida por Walter Salles, o primeiro filme original do Globoplay, concorre nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor filme internacional.
Abaixo, o g1 lista tudo o que você precisa saber sobre o filme, em uma espécie de guia para entender o fenômeno “Ainda Estou Aqui”.
As atrizes rivais
A atuação ‘contida’
A trilha sonora
O que dizem os críticos em 30 países
Os indicados a Melhor Filme
Os looks de Fernanda Torres
O pet ator
Os outros filmes internacionais
Por que merece vencer?
👩🏽As atrizes rivais
(Da esq. p/ dir.:) As atrizes Mikey Madison, Demi Moore, Karla Sofía Gascón e Cynthia Erivo
Reprodução
Fernanda Torres disputa o Oscar de Melhor Atriz com:
Cynthia Erivo – ‘Wicked’ (leia crítica)
Karla Sofía Gascón – ‘Emilia Pérez’ (leia crítica)
Mikey Madison – ‘Anora’ (leia crítica)
Demi Moore – ‘A substância’ (leia crítica)
Segundo previsões da maioria dos veículos especializados de Hollywood, a favorita é Demi Moore. Ainda pesa a favor dela a vitória como Melhor Atriz no SAG (sindicato dos atores). Desde 1994, a vencedora do SAG só não levou o Oscar em sete ocasiões. Fernanda Torres não foi indicada ao prêmio, porque é mais difícil que estrangeiros lembrados.
Ainda assim, Fernanda tem chances de levar o Oscar. Se dependesse do histórico do Globo de Ouro, a brasileira teria vantagem sobre a americana. É o que mostra um levantamento analítico feito pelo g1.
O levamamento com ganhadoras do Globo de Ouro
🎭 A atuação ‘contida’
A sutileza na atuação de Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”
Alguns críticos da imprensa internacional disseram que a atuação de Fernanda foi, na palavra deles, “sutil”. E essa sutileza não é muito comum na conquista do Oscar de atuação. A explosão de sentimentos, a fúria, o choro, ou até uma grande transformação física costumam atrair mais os olhos da Academia, o conjunto de profissionais que seleciona quem é indicado e premiado.
Existe uma frase bastante difundida nos cursos e livros de atuação que diz: “É triste assistir pessoas chorarem, mas é ainda mais triste assistir pessoas tentando não chorar”.
E é bem isso que Fernanda faz em “Ainda estou aqui”. A contenção de emoção de Eunice Paiva traz uma tensão e um questionamento sobre a “que horas essa mulher vai transbordar toda essa dor”. Mas esse momento não chega. A lágrima não cai. O nó na garganta é contínuo. Como disse a revista americana “Variety”, “ela nunca nos permite testemunhar seu colapso total”.
Quando foi explicar o motivo dessa escolha, Fernanda relembrou uma frase que ouviu de sua própria mãe, Fernanda Montenegro: “Quando acontece uma tragédia, não há espaço para o melodrama”. Walter Salles cortou as cenas em que Fernanda chorava. No seu livro “Ainda estou aqui”, obra que dá origem ao filme, Marcelo Rubens Paiva descreve sua mãe como uma mulher que não era muito de demonstrar suas emoções.
“Quando se contém a emoção, ela explode de uma maneira muito honesta. E isso fez emergir sutilezas que eu nunca tinha experimentado na atuação”, diz Fernanda.
LEIA MAIS sobre a atuação de Fernanda Torres
🎵 A trilha sonora
Guia musical de ‘Ainda Estou Aqui’: como MPB ajuda a contar história do filme
A música “É preciso dar um jeito, meu amigo” foi lançada durante a ditadura militar brasileira, em 1971. É o mesmo ano do assassinato do ex-deputado federal Rubens Paiva, tema central de “Ainda estou aqui”. Agora, 54 anos depois de ser gravada, a faixa cantada por Erasmo Carlos é a principal trilha do longa dirigido por Walter Salles.
É a canção mais memóvel do filme, mas não é a única, claro. Uma análise do g1 mostrou a relação da trilha sonora com cenas do longa. São faixas que exploram censura, metáforas e mensagens indiretas. Essas músicas mostram ainda como a MPB ajuda a contar história do filme e por que Roberto Carlos é pintado como “isentão”.
As principais músicas de ‘Ainda Estou Aqui’ e o que elas dizem do filme
🌎 O que dizem os críticos em 30 países
“Aún Estoy Aquí”, “I’m Still Here” e “Io Sono Ancora Qui” são algumas traduções que “Ainda Estou Aqui” ganhou pelo mundo. Clique na bandeira do país e veja trecho da crítica e o cartaz com o nome do filme traduzido:
Cartazes e críticas do filme ‘Ainda Estou Aqui’
🎬 Os indicados a Melhor Filme
Oscar 2025: indicados na categoria de Melhor Filme
Divulgação
“Ainda Estou Aqui” disputa com nove filmes, sendo que “Anora” é considerado favorito, segundo as premiações que são termômetros do Oscar.
O g1 já viu todos os indicados. Clique abaixo para ler as críticas:
“Um completo desconhecido”
“A substância”
“Nickel boys”
“Wicked”
“Duna: Parte 2”
“Conclave”
“O Brutalista”
“Ainda estou aqui”
“Anora”
👗Os looks de Fernanda Torres
Looks de Fernanda Torres para promover ‘Ainda Estou Aqui’
Reprodução
“Meu cabelo já não aguenta uma escova”, brincou Fernanda Torres ao comparecer a mais um evento para promover “Ainda Estou Aqui”. A atriz não mentiu: desde o Festival de Veneza, em setembro de 2024, até o Oscar, que será no próximo domingo (2), o caminho dela para promover o filme envolveu muitos, mas muitos visuais.
Com a ajuda do estilista Antonio Frajado, as escolhas de Fernanda sempre foram sóbrias e minimalistas. Ao longo da temporada de premiação, a atriz optou por homenagear a força de Eunice Paiva, sem que suas roupas fossem “maiores” que a personagem.
“A roupa não pode de nenhuma forma ter excesso. Os excessos estão proibidos, eles não são necessários, não cabem. Porque é um filme que trata de uma tragédia ocorrida no país, uma tragédia que quase que caiu num esquecimento”, afirmou Antonio em entrevista ao g1.
Fernanda Torres adota tendência method dressing em premiações
🐶 O pet ator
Depois de Messi, de “Anatomia de uma queda”, o Oscar tem um novo cachorrinho preferido. O pequeno Pimpão é uma parte importante de “Ainda Estou Aqui”, ilustrando a rotina calorosa da família Paiva, a passagem do tempo e a cumplicidade entre Marcelo (Guilherme Silveira) e seu pai, Rubens (Selton Mello).
Mas em um filme tão bem cuidado, nem a escalação e a preparação do ator canino seriam tarefa simples. “Algumas cenas acabaram saindo muito rapidamente. A cena que ele tá deitado na cama com a família e fecha o olho quando a câmera chegou, por exemplo, foi de primeira”, contou In-Coelum Perdigão, adestradora e especialista animal que trabalhou em “Ainda Estou Aqui”, ao g1.
Make, preparação, ensaios: a atuação de Pimpão
Pimpão: como pet ator virou parte da família em ‘Ainda Estou Aqui’
🎥 Os outros filmes internacionais
O filme brasileiro disputa a categoria Filme Internacional com:
‘Emilia Pérez’ (França)
‘A Semente do Fruto Sagrado’ (Alemanha)
‘A Garota da Agulha’ (Dinamarca)
‘Flow’ (Letônia)
(Da esq. p/ dir:) cenas dos filmes ‘Emilia Perez’, ‘Ainda estou aqui’ e ‘The Seed of the Sacred Fig’
Reprodução
Dos títulos nessa categoria, somente “Ainda Estou Aqui” e “Emilia Pérez”, o polêmico representante francês, foram indicados à categoria principal.
Veja trailers e resumos de cada um dos filmes
🏆 Por que merece vencer?
“Anora” é o indicado que tem mais chances de levar o Oscar de melhor filme — desconsiderando “Ainda estou aqui”. Pelo menos é o que pensa a maioria dos especialistas em cinema de alguns veículos do Grupo Globo consultados pelo g1. Para entender o que o brasileiro pode esperar da premiação, comentaram profissionais de CBN, GloboNews, gshow, “O Globo” e g1.
Eles responderam duas perguntas:
Tirando “Ainda estou aqui”, quem tem mais chances de ganhar?
Por que “Ainda estou aqui” merece ganhar?
ANÁLISE COMPLETA: Leia os comentários dos jornalistas