25 de setembro de 2024

Adolescente baleada pela PM durante surto psicótico está internada em hospital

Jovem foi atingida no abdômen após apontar faca para policiais. Caso foi registrado em Araguaína, no norte do Tocantins. Adolescente é baleada durante surto psicótico em Araguaína
A adolescente de 15 anos que foi baleada na barriga pela Polícia Militar para ser contida enquanto estava em surto psicótico está internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA). A informação foi confirmada neste domingo (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ela precisou passar por cirurgia e, segundo a pasta, segue “sob os cuidados da equipe multiprofissional da unidade”. A SES não informou qual o estado de saúde dela.
A adolescente foi baleada após ter um surto psicótico na madrugada de sábado (10) em Araguaína, no norte do estado. Segundo a PM, ela teria ameaçado a equipe e pessoas que estavam no local com uma faca.
Viatura da Polícia Militar do Tocantins
Divulgação/PM
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Inicialmente os policiais foram chamados para ajudar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em surto, a jovem apresentava comportamento agressivo e agitação, ameaçando a integridade física de terceiros e dela mesma, segundo a polícia.
A PM afirmou que houve diversas tentativas de conversar com a adolescente, mas ela ficou por muito tempo trancada dentro da casa, golpeando com uma faca a janela e o chão do cômodo onde estava.
Depois de um tempo, ela saiu correndo de dentro e, com a faca em mãos, teria ido para cima das equipes do Samu e dos militares. Nesse momento houve dois disparos de arma de fogo e a jovem foi atingida no abdômen.
Ela caiu no chão e recebeu os primeiros socorros do Samu. Depois, foi levada para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) e precisou passar por cirurgia.
O caso aconteceu pouco mais de um mês depois que um idoso de 73 anos, também em estado de surto psicótico, foi morto a tiros por policiais militares, em Palmas. A vítima sofria de esquizofrenia e a família acredita que houve despreparo dos policiais na intervenção ao idoso.
O que diz a Polícia Militar
O g1 questionou a PM se as equipes possuem armas não letais para atendimento de pessoas que não estão em condições psíquicas normais e se haverá alguma apuração com relação à conduta dos policiais.
A assessoria respondeu que o “procedimento operacional padrão orienta o disparo com arma de fogo para indivíduos em resistência ativa e em ataque com arma branca, uma vez que em atendimentos de ocorrências, a prioridade é a segurança das vítimas em potencial e dos profissionais envolvidos”.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

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