Unidos da Tijuca e Unidos de Vila Isabel também fizeram bons desfiles. Veja vídeos e como foram as apresentações, no 1º ano com 4 escolas por noite. Desfile da escola Beija-Flor, durante a segunda noite do Carnaval em 4 de março de 2025
Tata Barreto | Riotur
Beija-Flor de Nilópolis e Acadêmicos do Salgueiro foram os destaques da segunda noite dos desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (3).
Unidos da Tijuca e Unidos de Vila Isabel também fizeram bons desfiles, em uma noite com maioria de enredos com temática afro.
Nenhuma das escolas estourou o tempo, respeitando o máximo de 80 minutos. Na segunda noite da estreia do novo modelo de quatro desfiles por dia – eram seis –, a Vila Isabel encerrou sua passagem pela Sapucaí às 4h24, antes do amanhecer.
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Terceira noite
Imperatriz Leopoldinense , Unidos do Viradouro, Unidos de Padre Miguel e Estação Primeira de Mangueira abriram o ano neste domingo (3). Leia como foi.
Na terça (4), Mocidade Independente de Padre Miguel, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Grande Rio e Portela encerram os desfiles do Grupo Especial.
A apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro acontece na Quarta-Feira de Cinzas (5).
Unidos da Tijuca
Após o modesto 11º lugar em 2024, a Tijuca buscou seu quinto título do Grupo Especial com um enredo sobre o orixá Logun-Edé, conhecido como o “Santo menino que o velho respeita”.
O desfile entrelaçou a vida da entidade, com a ajuda de integrantes grávidas que representavam sua gestação sagrada no abre-alas, e a juventude do Morro do Borel.
Com uma apresentação colorida como o pavão símbolo da escola, a agremiação teve alguns problemas com alegorias no começo da avenida, como um carro que ficou apagado por um tempo – mas que não parecem ter afetado a avaliação com os jurados.
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Beija-Flor de Nilópolis
A Beija-Flor fez o segundo desfile da noite com homenagens a dois de seus bambas. Em seu último ano como intérprete, Neguinho da Beija-Flor emocionou o público ao puxar um samba sobre Laíla (1943-2021), carnavalesco que participou de diversos dos 14 títulos da escola.
A comissão de frente evocou a figura de Laíla de volta à avenida como uma criança, abençoado pelos santos em meio à comunidade de Nilópolis – e de uma bonita alegoria com “velas” eletrônicas que surgiam do chão.
Na despedida de Neguinho, após 50 anos, o samba-enredo e a bateria com longas paradas foram destaques e fizeram a Sapucaí cantar. O último carro trazia uma referência ao icônico Cristo coberto do desfile de 1989 – mas a faixa com os dizeres “De orum, olhai por nós” não ficou totalmente desenrolada.
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Acadêmicos do Salgueiro
Depois de um quarto lugar em 2024, o Salgueiro tenta seu décimo título do Grupo Especial com um enredo sobre o corpo fechado por amuletos e outros rituais de proteção da cultura popular brasileira.
Seguindo a comissão de frente, que “botou fogo” em um terreiro alegórico na avenida, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representaram Xangô e Iansã, dois orixás guerreiros.
A dupla depois pegou uma moto, trocou de roupa e voltou para ser destaque do sexto e último carro – um pedido de Zé Pilintra que, consultado, pediu que o primeiro casal estivesse em sua alegoria.
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Unidos de Vila Isabel
Após declarações polêmicas do carnavalesco Paulo Barros sobre enredos com temas africanos, usados na maioria dos desfiles do Grupo Especial do Rio em 2025, a Vila Isabel fez seu ousado desfile “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!”.
Na comissão de frente, a história sobre o homem que enganou o diabo contava com os atores Amaury Lorenzo e José Lorenzo – e com um drone, que mostrava a transformação do herói em uma abóbora voadora, que infelizmente desabou ainda no começo da apresentação.
A escola buscou seu quarto campeonato com a tecnologia que é marca do carnavalesco também nas alegorias – de um trem fantasma a uma bruxa voadora. Nas fantasias, criaturas, monstros e assombrações. Até a bateria cruzou a avenida vestida de vampiros.
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