5 de março de 2025

‘Ei, aqui, ó’: mangueiras, jatos d’água e até borrifador improvisado são usados para combater calorão no carnaval de Olinda


Para aplacar a suadeira, qualquer oportunidade vira alternativa para os foliões, que entoam o grito de guerra pedindo água em sua direção. Banho de mangueira faz a festa dos foliões para aliviar calor nas ladeiras de Olinda
Dançar frevo, no meio da multidão, com os termômetros superando a casa dos 30 graus e a umidade relativa do ar característica do litoral de Pernambuco não é para fracos. Para aplacar o calorão e combater a suadeira, qualquer oportunidade vira alternativa para os foliões.
“O calor aqui está insuportável, a gente para em qualquer oportunidade para tomar essa ducha de água ou um banho de mangueira. Fizemos uma espécie de grito de guerra ali para pedir mais. A gente está sempre pedindo mais”, relatou a estudante Beatriz Regis.
Moradores de Olinda colaboram para refrescar os foliões com banho de mangueira
Carol Guerra/g1
Para refrescar a galera, Renan Castro resolveu dar uma ajudinha com um borrifador improvisado. O músico aproveitou a janela da casa onde estava para jorrar água enquanto os blocos passarem.
“Eu uso esse borrifador para regar as minhas plantas. Aproveitei para pegar uma água bem gelada do isopor e estou jogando na galera. O pessoal que passa no bloco ama, principalmente nas costas e na cabeça”, brincou.
Músico Renan Castro resolveu dar uma ajudinha para refrescar a galera com um borrifador improvisado
Carol Guerra/g1
Em meio aos pedidos e ‘gritos de guerra’ personalizados para que jogasse água, o corretor de imóveis Ricardo Fontes precisou subir na sacada de casa para conseguir molhar o grupo de foliões que se reuniu para se refrescar.
“A ideia é interagir e não é uma apologia ao desperdício de água. A gente tem empatia pelo próximo trazendo um pouco de refresco para o pessoal, aliviando um pouco desse cansaço por causa do sol. Lembrando que a brincadeira também é sem molhar a agremiação. Para não ter desperdício, eu vejo quando tem um bloco vindo. Quando passa a agremiação, a gente aponta com o jato, eu peço um feedback do pessoal, que sempre pede mais, e aí a gente molha”, explicou.
Além dos jatos de água, uma ducha gigante virou a sensação no acesso para a Praça do Carmo, porta de entrada do carnaval olindense. Os chuveirões fazem a alegria de todas as idades.
O paulista Accioly Dias aprovou a ideia de tomar uma ducha na Praça do Carmo
Rafael Souza/g1
O aposentado Accioly Dias, de São Paulo (SP), está pela primeira vez no carnaval de Pernambuco: “Eu gostei muito dessa ideia. Era para ter em mais pontos”, afirma.
A professora Raiane Ferreira lavou a alma: “Ajudou muito (a ducha), eu estava com muito calor. Eu estava doida por um banho”, comemorou.
Quem também era só felicidade era a foliã Maria Eduarda Sampaio. “Eu cheguei no sol do meio-dia e foi maravilhoso para aliviar esse calor. Eu vou avisar pra galera pra vir pra cá! Enquanto tiver carnaval, e tiver água, a gente aproveita”, completou.
A foliã Maria Eduarda Sampaio era só felicidade depois de tomar a ducha
Rafael Souza/g1
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