Vídeo da reação acumula milhões de visualizações nas redes sociais. Dupla estuda geografia na UFPE e estava em um coletivo a caminho da universidade. Estudante chora de emoção quando amigo revela levou lasanha para almoçarem
Vida de estudante não é fácil. Com a agitação dos estudos, trabalhos, estágio e o vai e volta diário para a universidade, muitas vezes um gesto simples é suficiente para trazer alegria genuína ao corre. Foi assim com Juliana Falcão, que viralizou nas redes ao se emocionar quando descobriu que o colega de turma Bruno Lima tinha levado lasanha para comer junto com ela no almoço (veja vídeo acima).
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Juliana e Bruno são estudantes do curso de geografia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele mora no Cabo de Santo Agostinho, município do Grande Recife ao Sul da capital, e ela, em Olinda, ao Norte. Para assistir às aulas, os amigos enfrentam uma verdadeira maratona no transporte público até chegar à UFPE, na Zona Oeste do Recife.
Em entrevista ao g1, Juliana Falcão explicou que Bruno tem o hábito de levar comida para almoçar junto da amiga. Apesar disso, a notícia da lasanha foi uma grata surpresa em um dia difícil. Bruno gravou a reação de Juliana ao saber o ‘menu’ do almoço quando eles estavam dentro de um ônibus da linha Barro/Macaxeira (Várzea), a caminho da universidade.
“No dia do vídeo, quando Bruno disse ‘eu trouxe lasanha’, eu desabei. Eu tinha tido um dia bastante corrido, estava preocupada com algumas coisas, então eu estava ‘meio assim’. Aquilo ali para mim foi um acalento. Eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo”, contou a estudante.
Segundo Bruno, a amiga já tinha um histórico de “fortes emoções” com comidas gostosas. Por conta da rotina puxada, a avó dele, Dona Marluce, frequentemente prepara marmitas para os estudantes almoçarem juntos entre as aulas. Cuscuz recheado, strogonoff e pizza já foram algumas das comidinhas divididas entre os amigos.
“Eu havia dito à minha vó que ela sempre chorava quando eu levava [comida] e ela não acreditou. Eu disse: ‘vou gravar um vídeo dando a notícia a ela que eu levei lasanha para a senhora ver que ela realmente vai chorar’”, relembrou Bruno.
Bruno contou que esperava que a amiga fosse ficar tocada, mas não esperava tanta emoção pela lasanha. “Eu disse a ela, antes de sair de casa, ‘eu tenho uma notícia para te dar’. Ela ficou muito curiosa, me perguntando o que era. Eu disse ‘não, só posso falar pessoalmente’. Eu queria falar pessoalmente justamente para gravar a relação dela’”, disse.
A gravação viralizou e já acumula mais de 4 milhões de visualizações no TikTok e mais de 7 milhões no Instagram, segundo Bruno.
Amizade no perrengue
Bruno Lima e Juliana Falcão estudam geografia na UFPE
Reprodução/Acervo pessoal
Bruno e Juliana se conheceram em 2020, quando entraram na universidade. Por conta da pandemia de Covid-19, passaram um tempo sem se ver pessoalmente, mas isso não afetou o laço recém construído.
“A gente entrou na universidade, teve duas semanas de aula e depois veio a pandemia. Ao invés de nos afastarmos, a gente só se aproximou mais”, disse Juliana.
Além da pandemia, outro fator poderia ter afastado a dupla, mas na verdade só juntou ainda mais os dois: Juliana e Bruno moram a cerca de 40 quilômetros de distância um do outro.
Para chegar até a universidade Juliana precisa pegar um ônibus até o terminal de Xambá, em Olinda, outro para o terminal de Joana Bezerra, no centro do Recife, e um metrô até o terminal do Barro, na Zona Oeste, onde ela se encontra com Bruno para pegar a última linha, a Barro/Macaxeira. Bruno, por sua vez, precisa ir do Cabo a Cajueiro Seco e, de lá, até o Barro.
“A gente fez amizade na faculdade, só que Juliana mora no Alto da Conquista, lá em Olinda, e eu, no Cabo. São dois extremos e a gente sempre se encontra no Barro e vai para a universidade juntos”, explicou Bruno.
A conexão foi grande e a amizade vingou, tanto que Dona Marluce, avó de Bruno, virou “voinha” de Juliana também. Agora, os amigos se preparam para apresentar o trabalho de conclusão de curso, na próxima semana. Além dos momentos de estudo, os dois levarão consigo memórias do cuidado de um com o outro.
“Quando a gente voltou, ainda não tinha o RU [Restaurante Universitário]. A gente passou um tempo que ficava o dia todo na universidade e estudante, sabe como é, não tem dinheiro. ‘Voinha’ sempre preparava o almoço e mandava uma comidinha pra gente”, contou Juliana.
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