27 de setembro de 2024

Chefe do serviço de inteligência militar de Israel pede demissão

General Aharan Haliva reconheceu que “não cumpriu a tarefa que foi confiada” ao departamento dele, se referindo ao dia 7 de outubro do ano passado. Foi o primeiro oficial do alto escalão a renunciar por não ter previsto e impedido o ataque. Israel: chefe do serviço militar de inteligência pede demissão
O chefe do serviço de inteligência militar de Israel pediu demissão.
Foi o primeiro oficial do alto escalão das Forças Armadas a renunciar por não ter previsto e impedido o ataque mais mortal da história de Israel.
O chefe da inteligência militar, o general Aharan Haliva, reconheceu que “não cumpriu a tarefa que foi confiada” ao departamento dele, se referindo ao dia 7 de outubro do ano passado. Foi quando terroristas do Hamas atravessaram a fronteira da Faixa de Gaza e mataram cerca de 1.200 pessoas em território israelense.
Em sua carta de demissão, o general escreveu:
“Com autoridade vem responsabilidade. Levo comigo aquele dia desde então. Levarei comigo a dor horrível da guerra para sempre”.
Chefe da inteligência militar, o general Aharan Haliva
JN
O departamento liderado por ele elaborava alertas sobre riscos de segurança. O general já tinha assumido publicamente a responsabilidade logo no início do conflito, mas na ocasião disse que ficaria no cargo até o Hamas ser derrotado. Agora, vai deixar a função assim que as Forças Armadas escolherem um substituto.
Diante da crise humanitária na Faixa de Gaza, o secretário-geral das Nações Unidas voltou a cobrar a cooperação dos país doadores com a agência da ONU de Assistência aos Palestinos.
“Uma tábua de salvação na região”, disse António Guterres.
Foi ao comentar um relatório independente divulgado nesta segunda-feira (22) sobre a atuação da agência.
A ex-ministra francesa das Relações Exteriores Catherine Colonna liderou a investigação sobre o suposto vínculo de funcionários da agência com o Hamas. O relatório concluiu que Israel ainda não apresentou provas que sustentem essa alegação, mas a auditoria não analisou especificamente a acusação mais grave do governo israelense, de que 12 funcionários participaram dos ataques terroristas de 7 de outubro.
A agência demitiu 10 desses funcionários, os outros 2 estão mortos. Outro inquérito da ONU está investigando esse caso.
Por causa das acusações, 16 países suspenderam o financiamento da agência.
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