31 de janeiro de 2025

Grupo suspeito de criar mais de 500 sites falsos de leilões de carros é alvo de operação

Organização criminosa atuava há pelo menos cinco anos com clonagem de sites. Mandados foram cumpridos na capital São Paulo, em Santo André e em São Bernardo do Campo. Imagem mostra casal suspeito de integrar organização criminosa
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (25), 12 mandados de prisão para desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes por meio da clonagem de sites de leilões de carros. Segundo a PCDF, o grupo atuava há pelo menos cinco anos, com 540 websites falsos.
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As prisões e outros 10 mandados de busca e apreensão são cumpridos na capital São Paulo, em Santo André e em São Bernardo do Campo, com apoio da Polícia Civil de São Paulo. No total, são cerca de 61 indiciamentos de pessoas envolvidas no esquema, que funcionava assim:
Os criminosos selecionavam websites reais de famosas empresas do ramo de leilão de veículos. Então clonavam esses sites, criando outros idênticos, apenas trocando a extensão do endereço de “com.br” para “.net”;
Depois, os criminosos pagavam empresas de marketing digital para impulsionar os endereços falsos em mecanismos de pesquisa como o Google. Assim, quando uma pessoa procurava pela empresa real, nos primeiros resultados da lista de pesquisa aparecia o site clonado e não o verdadeiro;
As pessoas induzidas a erro entravam no site falso e passavam a conversar com os criminosos, pensando estar lidando com a empresa real, até fazer os depósitos dos lances;
Até mesmo falsas notas de arrematação eram enviadas para as vítimas que só percebiam o golpe meses depois, quando o carro não era entregue. As vítimas também não conseguiam mais contato, pois os criminosos haviam bloqueado o telefone.
Imagem mostra computador de um dos suspeitos
Divulgação/Polícia Civil
“O escritório do crime era uma sala alugada num prédio comercial de Santo André que hoje sofreu buscas. Os criminosos batiam ponto das 8 às 18h nessa sala, trabalhando o dia inteiro dando golpes em vítimas em todo o Brasil como se realmente fossem uma empresa”, informou a PCDF.
Prejuízos
Imagem mostra site falso criado pelos criminosos
Divulgação/Polícia Civil
Ainda segundo a polícia, 540 websites maliciosos eram mantidos em estoque pelo grupo. Depois de usar um mesmo nome falso em muitos golpes, a falsa empresa começava a ficar com má fama em sites de reclamação. Então, ela era retirada do ar e inseriam um novo nome, de outra empresa. Em muitos sites, até mesmo o brasão do Tribunal de Justiça do DF era usado para dar credibilidade.
Só na 9ª DP, em Brasília, foram registradas 10 ocorrências com prejuízos somados de R$ 470 mil. No entanto, segundo PCDF, estima-se que existam centenas de outras vítimas espalhadas pelo Brasil.
De acordo com a PCDF, todos os envolvidos foram indiciados pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e dezenas de fraudes eletrônicas. Somadas, as penas chegam a mais de 30 anos de reclusão.
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Reprodução
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