Entre janeiro e março deste ano, número de casos confirmados chegou a 1.042. Os municípios que mais tiveram casos positivos foram Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Mosquito Anopheles é o responsável por transmitir o protozoário causador da malária
GETTY IMAGES
Dados da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostram que já foram confirmados 1.042 casos de malária no estado entre janeiro e março deste ano. No mesmo período de 2023, o número de casos positivos chegou a 1.583. A redução entre os períodos avaliados foi de 34,1%.
O levantamento foi divulgado nessa quinta-feira (25), Dia Mundial da Luta Contra a Malária. Os casos confirmados estão nas seguintes cidades acreanas:
Acrelândia – 2 casos
Cruzeiro do Sul – 725 casos
Mâncio Lima – 178 casos
Plácido de Castro – 7 casos
Porto Acre – 2 casos
Porto Walter – 8 casos
Rio Branco – 3 casos
Rodrigues Alves – 91 casos
Senador Guiomard – 25 casos
Tarauacá – 1 caso
A malária é causada por um protozoário transmitido pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, que se infecta ao picar uma pessoa doente. O diagnóstico pode ser feito por meio de amostra de sangue ou teste rápido.
A doença tem cura, pois o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada, pode evoluir para as formas graves. Daí a importância de a pessoa que tenha viajado nos últimos 15 dias para uma área endêmica de malária procurar imediatamente o serviço de saúde, assim que apresentar algum desses sintomas.
LEIA TAMBÉM
Acre notifica mais de 3,5 mil casos de malária em 2023, aponta Saúde
Acre tem a maior incidência de casos de malária em zona rural da região Norte, aponta boletim
As principais medidas preventivas são instalar telas em portas e janelas das casas, se possível; evitar construir casas perto de matas e igarapés, pois são locais onde o mosquito vive e se reproduz, e usar mosquiteiros e repelentes.
Redução de 15,2%
O estudo traz número também número de notificações entre 2022 e 2023 no estado acreano. Conforme o balanço, houve uma redução de 15,2% nos casos da doença nos períodos.
Em 2022, foram notificados 6.139 casos e ano passado 5.204. Ainda segundo o levantamento, as cidades com mais notificações são do Vale do Juruá:
Cruzeiro do Sul
Mâncio Lima
Rodrigues Alves
A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre destacou no balanço que os casos registrados no Acre em 2023 representam quase 4% do total de registros na região amazônica. Esse foi um dos motivos para o Estado aderir ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no Brasil até 2035.
Doença e seus sintomas
Qualquer pessoa pode contrair a malária. Quem apresenta várias infecções da doença pode atingir uma imunidade parcial, com poucos ou quase nenhum sintoma. Até hoje, a imunidade total não foi observada. Não há vacina aprovada contra a doença.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na Região Amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As outras regiões do país têm poucas notificações, mas a doença não pode ser negligenciada devido à alta letalidade.
Os sintomas são:
febre alta;
calafrios;
tremores;
sudorese;
dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
De acordo com o ministério, muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, principalmente antes da fase aguda.
Em geral, após a confirmação do diagnóstico de malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do SUS. Somente os casos graves devem ser hospitalizados de imediato.
Reveja os telejornais do Acre