Declaração é a primeira desde que o presidente do país – que não faz parte do governo – defendeu reparar o Brasil por escravidão, massacre de indígenas e saques contra o Brasil. Neste sábado, Marcelo Rebelo de Sousa propôs cancelamento de dívidas e oferta de financiamento como forma de compensação. Primeiro-ministro de Portugal Luís Montenegro
Pedro Nunes/Reuters
O governo de Portugal declarou que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas” relacionado a reparação às ex-colônias.
Em nota, o governo afirma que “as relações do povo português com todos os povos dos Estados que foram antigas colônias de Portugal são verdadeiramente excelentes, assentes no respeito mútuo e na partilha da história comum”. As informações são do jornal português Público.
O posicionamento acontece logo depois que o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu publicamente que o país foi responsável por inúmeros crimes contra escravos e indígenas na era colonial.
Neste sábado (27), Rebelo de Sousa voltou ao assunto e propôs o cancelamento de dívidas e a oferta de financiamento às ex-colônias como forma de compensação. “Não podemos colocar isso debaixo do tapete ou na gaveta. Temos a obrigação de pilotar, de liderar esse processo.”
Em Portugal, o governo e a presidência da República são instituições diferentes. O governo é formado por parlamentares e liderado por um primeiro-ministro. O presidente da República é chefe de Estado e nomeia o primeiro-ministro a partir da indicação do parlamento.
Esta reportagem está em atualização.