Renato Dias e Bianca Alves foram encontradas sem vida dentro de veículo ligado em Cajati (SP). Eles voltavam para casa de uma viagem à Argentina. Renato Dias e Bianca Alves foram encontradas sem vida dentro de veículo ligado e parado em um posto em Cajati (SP).
Arquivo Pessoal e g1 Santos
O casal que foi encontrado morto dentro de um carro ligado em Cajati (SP) estava retornando de uma viagem na Argentina. Conforme apurado pelo g1 com a família, Renato Dias De Oliveira, de 33 anos, e Bianca Alves Francisco de Oliveira, de 28, viajavam com frequência.
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A Polícia Militar encontrou as vítimas já sem vida dentro de um carro em um posto às margens da Rodovia Régis Bittencourt, na altura de Cajati (SP), no domingo (28). A suspeita é que os dois tenham sido intoxicados por monóxido de carbono (veja mais abaixo).
A família acredita que o casal parou no posto para descansar, pois havia viajado para Argentina e estava retornando para casa, em São Carlos (SP). Eles tinham um restaurante juntos no interior paulista, mas Bianca também era advogada. Ela conversou com a prima Isabela Francisco dos Santos, de 23 anos, antes de viajar, em 9 de abril.
“Quando eu falei com ela pela última vez por chamada, ela disse que faria uma viagem e que quando retornasse ela via um processo que eu precisava”, relembrou a autônoma, em entrevista ao g1.
Ainda segundo a familiar, Bianca e Renato tinham ido até a Argentina a passeio, como costumavam fazer. “Viajavam sempre que podiam”, relatou Isabela.
Bianca e Renato foram encontrados mortos dentro de carro em Cajati (SP)
Arquivo Pessoal e g1 Santos
Personalidades
Isabela contou ao g1 que Bianca e Renato deixaram um legado para os amigos e familiares. De acordo com ela, a prima era doce e tinha um coração enorme. “O que ela podia fazer pelos outros, ela fazia. Sempre com um sorriso enorme no rosto”, afirmou.
Ainda segundo a autônoma, Renato também era sorridente. “Ele sempre educado , com um sorriso enorme no rosto. Foi um grande marido para minha prima”, finalizou.
Bianca e Renato tinham um restaurante juntos, mas a mulher também era advogada.
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Despedida
A cerimônia de despedida do casal será nesta terça-feira (30), em São Carlos (SP). O velório acontecerá das 7h às 10h45 na igreja São João Batista. Em seguida, haverá um cortejo para sepultamento, que está marcado para 11h1 no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo.
Relembre o caso
A Polícia Militar encontrou os corpos após receber uma denúncia sobre um homem e uma mulher que estariam desacordados em um carro no Auto Posto Real, em Cajati (SP), no domingo (28).
Ao chegarem no local, os agentes tentaram contato, mas as vítimas não responderam e eles quebraram o vidro. A morte foi confirmada pela equipe médica que foi acionada para resgate.
Durante a averiguação, os policiais foram informados de que o carro chegou ao posto por volta da meia-noite. Depois que a porta do automóvel foi aberta, em uma análise preliminar, os policiais não observaram marcas de lesões.
Casal de empresários é encontrado morto dentro do carro ligado em um posto em Cajati (SP)
g1 santos
Como o carro ainda estava ligado, a principal suspeita é realmente a de morte por asfixia, com a inalação e intoxicação por monóxido de carbono.
O caso foi registrado na Delegacia de Cajati, que segue apurando as circunstância das mortes. A Polícia Científica também periciou o local.
Casal de empresários é encontrado morto dentro de carro no interior de SP
Riscos do monóxido de carbono
O químico e mestre em Engenharia Urbana, Élio Lopes, explicou ao g1 que o monóxido de carbono não oferece riscos em contato com a atmosfera. Já em um ambiente fechado, ele se torna “traiçoeiro” para as pessoas, pois não tem cor nem cheiro, mas é inflamável.
“A pessoa não percebe que está sendo envenenada. Vai sentir um sono profundo, não sente dor, nem nada. Acaba dormindo e morre porque o gás entra no corpo através dos pulmões”, disse Lopes, que conversou com a equipe de reportagem recentemente sobre o tema, quando um bilionário e a esposa dele morreram asfixiados com o gás.
O especialista explicou à época que, após a inalação, o monóxido de carbono passa para a corrente sanguínea. “Então, passa a competir com o oxigênio, que é o que a gente respira. Forma a carboxihemoglobina, ou seja, diminui a quantidade de hemoglobina disponível para o transporte do oxigênio no corpo e a pessoa morre por falta de oxigênio”, ressaltou.
Em um veículo, se houver um vazamento no sistema de escape do veículo ou se o automóvel estiver mal ventilado, o monóxido de carbono pode se acumular e causar os danos citados acima.
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