25 de dezembro de 2024

Investigação aponta desvio de mais de R$ 260 milhões em supostas fraudes em órgão de assistência aos servidores do PA

Segundo o Ministério Público do Estado do Pará, uma organização criminosa atuou em um suposto esquema de corrupção para desviar dinheiro do Iasep para o Hospital Santa Maria, em Ananindeua. Gaeco investiga denúncias de fraudes no Iasep, no PA; VÍDEO
O suposto esquema de desvio de dinheiro revelado nesta segunda-feira (29), do Instituto de Assistência do Servidor Público do Pará (Iasep) para um hospital em Ananindeua, na Grande Belém, chega a mais de 260 milhões de reais, segundo projeções do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
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Investigação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPPA, aponta que de 2019 até meados de 2023 foram desviados em torno de R$ 261.381.860,97 do Iasep.
Segundo o MPPA, uma organização criminosa, envolvendo sete pessoas, atuou em um suposto esquema de corrupção para desviar dinheiro do Iasep para o Hospital Santa Maria de Ananindeua.
O hospital disse que “lamenta a condução da operação e informa estar à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento, acreditando na imparcialidade das instituições”.
Em nota, o Iasep informou que os servidores sob suspeita de envolvimento no caso já foram afastados dos cargos. O Instituto esclareceu ainda que colabora com as investigações do Ministério Público.
Operação ocorre nesta segunda-feira (22), na Grande Belém.
Ascom / MPPA
Uma operação nesta segunda-feira (29) cumpriu mandados de busca e apreensão em onze endereços localizados em Belém, Ananindeua e Santa Izabel do Pará, além de bloqueio e sequestro de bens e afastamento de funções públicas de servidores públicos envolvidos.
Denúncia
Segundo o MPPA, no início de 2024, o Gaeco recebeu informação sobre uma suposta corrupção envolvendo um empresário, dono do hospital Santa Maria de Ananindeua – alvo das investigações.
As denúncias apontam que o proprietário agia ilegalmente junto a servidores públicos que, na época dos crimes, estavam lotados no Iasep.
Operação do Gaeco cumpriu mandados em 11 endereços na Grande Belém
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O esquema funcionava da seguinte forma: um grupo de servidores do Iasep favorecia o hospital por meio de manipulação, de ausência e até mesmo de falsificação de auditorias das contas médicas apresentadas.
Desta forma, a empresa recebia valores muito além dos serviços efetivamente prestados. Assim, as contas médicas seriam superfaturadas tanto na quantidade do objeto como no preço cobrado.
“A interlocução entre o grupo de servidores do Iasep e o proprietário do hospital seria outro servidor público cedido do Estado para o município de Ananindeua”, apontou o MPPA.
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