25 de dezembro de 2024

Surrealismo de Salvador Dalí é tema de exposição imersiva em São Paulo

Toda a exposição foi desenvolvida pela própria Fundação Dalí. O visitante vai poder conhecer a reprodução detalhada do atelier onde Dalí pintou parte de suas obras primas, e entrar em uma viagem de realidade virtual. A tecnologia é uma aliada na exposição “Desafio Dalí”, em São Paulo
A tecnologia é uma grande aliada em uma exposição que abre essa semana em São Paulo. O público vai poder se sentir dentro das obras de Salvador Dalí – o gênio do Surrealismo.
Em algum momento da sua vida, você já disse que algo era surreal. E usou essa expressão por causa de pinturas como uma do Salvador Dalí: um deserto por onde elefantes com pernas aracnídeas gigantes transportam palácios. Surreal.
Salvador Dalí não criou o termo nem o movimento surrealista. Mas capturou de tal forma o imaginário popular que chegou afirmar: “Eu sou o próprio surrealismo”.
A exposição dá ao visitante uma super lente de aumento para investigar a complexidade da mistura de sonhos e psicanálise, de suas criaturas oníricas, distorcidas e bizarras.
“O conceito de caixas de luz que reproduz a mesma cor, a mesma textura e a mesma experiência da obra real, só que num tamanho maior que permite ver com detalhes e nitidez coisas que Dalí fazia. O quadro original tem 13 cm por 19 cm, com 3 metros de altura – você descobre tudo o que só o Dalí conhecia e sabia porque ninguém mais via”, explica Paulo Bonfá, organizador da exposição.
Em caixas iluminadas gigantes estão as 100 principais obras do artista. Toda a exposição foi desenvolvida pela própria Fundação Dalí. Inclusive, a reprodução detalhada do atelier onde Dalí pintou parte de suas obras primas. O lugar permanece preservado na Espanha exatamente como o visitante vai ver em São Paulo.
Dalí foi um artista que fez de tudo um pouco: cinema, instalações, publicidade, foi designer de jóias, escreveu poemas e fez ilustrações para livros. A exposição dá um panorama de toda essa produção tão diversa – também mostra uma obra que Dalí passou a vida inteira produzindo: a imagem pessoal dele.
O bigode foi crescendo e emoldurando a figura excêntrica e extravagante – tão grande quanto a própria obra. Se Dalí foi multimídia, a exposição vem carregada de tecnologia. E a jornada termina com uma viagem de realidade virtual. Viagem por vezes não muito tranquila.
“A gente começa assim vendo paisagem, o lugar, assim, as inspirações dele, aí você pisca e você tá dentro da obra. Aí começa a aparecer um monte de coisa assim em 3D, você fica gente, o que tá acontecendo”, Maria Vitória Botero, estudante de moda, compartilha sua experiência.
A também estudante de moda, Naira Pereira, acrescenta: “É muito interessante, as cores que ele usa nas obras são muito vivas. E a experiência ali é bem surreal mesmo”.
“Uma experiência como essa vai trazer muita curiosidade, vai trazer um olhar muito diferente. A gente que pretende aqui trazer novos públicos, vai conseguir alcançar um público que talvez não tenha tanta aceitação como um museu convencional”, resume o Luis Sobral, CEO da FAAP.
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