25 de dezembro de 2024

Médica que operou mulher que morreu após lipo no Rio responde a dois processos de erro médico durante procedimentos

Família acusa o hospital de negligência médica, falta de suporte e diz que cirurgia durou 10 horas. Roberta da Silva Mendonça realizou a cirurgia na última quarta-feira (24) e faleceu dias depois, no sábado. Médica que operou mulher que morreu após lipo no Rio responde a dois processos de erro médico durante procedimentos
A médica que operou Roberta da Silva Mendonça, mulher que morreu três dias depois de fazer uma lipoaspiração, responde a ao menos dois processos na área cível por erros médicos durante procedimentos estéticos.
As duas mulheres acusam Anike Brilhante por cirurgias de 2018 e 2019. Elas cobram danos morais.
Roberta, que tinha 42 anos, morreu no último sábado (27). Ela tinha feito procedimentos no Hospital Rio Day, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, na quarta.
A família fala que ela passou mal a madrugada seguinte e que não foi bem assistida pela equipe médica. A cirurgia, segundo os familiares, durou 10 horas – o que não é comum.
Segundo a família, não havia nenhum tipo de monitoramento, como oxímetro, e o hospital não tinha CTI. O plantonista do local não conseguiu entubá-la sozinho, e ela só foi entubada duas horas depois, quando uma equipe do Samu fez sua transferência para o Hospital Rios D’or.
“Tenho certeza que eles não tinham preparo, inclusive foi o que eu gritei lá dentro: ‘vocês não têm preparo, tira ela daqui, pelo amor de Deus, tira ela’ e todo mundo ficava jogando um para o outro”, relembra o marido Rafael Mendonça.
O corpo dela foi sepultado no Cemitério do Pechincha, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta segunda-feira (29). A cerimônia de despedida foi marcada pela revolta e indignação da família.
“Ela nao tirou só minha filha de mim, a minha neta perdeu a mãe. Eu tenho uma neta de 5 anos, ela é autista. Agora como vai ficar isso? Se ela nao tinha condições de fazer, por que fez? Ela tirou um pedaço de mim, isso nao se faz com uma mãe”, desabafa a mãe Sônia Regina Peres da Conceição.
A Polícia Civil está investigando o caso e pediu todas as informações sobre a paciente e vai chamar a médica para depor.
A equipe de reportagem do RJ2 procurou o hospital e a médica Anike, mas não teve resposta.

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