26 de dezembro de 2024

Homem suspeito de matar ativista trans faz mulher de refém ao ser cercado por polícia do AP

Suspeito deu fuga após ter o veículo identificado pela polícia nesta segunda-feira (29) e entrou em uma casa próxima, fazendo uma moradora de refém, iniciando uma transmissão de vídeo. Após negociações o homem se entregou à polícia. Suspeito cercado pela polícia faz mulher de refém na Zona Norte de Macapá
Reprodução/Polícia Civil
Um homem suspeito de envolvimento no assassinato da ativista trans Jorrana Patrícia da Silva, foi preso na noite desta segunda-feira (29), após uma operação da Polícia Civil do Amapá através da Delegacia Especializada de Crimes contra a Pessoa (Decipe), que fazia um levantamento no bairro do Açaí, na Zona Norte da capital.
Durante o levantamento, foi localizado o veículo que teria sido utilizado em dois homicídios no bairro do Brasil Novo, sendo um deles o caso de Jorrana.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp
O suspeito que estava no veículo, ao ver a polícia, fugiu, entrou em uma casa próxima e fez a moradora de refém com uma faca em uma transmissão de vídeo.
Após pouco tempo de negociação, o homem se entregou à equipe da Polícia Civil, que teve o apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA), na operação.
Conforme as informações do delegado adjunto da Decipe, Mauro Ramos, ao localizar o carro, a equipe deu ordem para o suspeito parar e se entregar, nesse momento ele iniciou a fuga.
“O indivíduo desceu do veículo e empreendeu fuga, pulou o muro de um terreno baldio e se escondeu em uma casa que estava na parte de trás. Nesse momento a polícia optou por cercar a área e entrar no local até que o alvo fosse localizado”, disse.
Ainda confome o delegado, o suspeito ao ser localizado na casa atrás do terreno baldio, capturou a moradora como refém com uma faca em seu pescoço e iniciou a transmissão de vídeo.
“Ele tratou de fazer videochamadas para mostrar o que tava acontecendo, não conseguimos confirmar se foi uma vídeochamada específica para alguém ou se foi algum tipo de live que eles costumam fazer ao utilizar pessoas com reféns”, disse Mauro Ramos.
O suspeito se entregou e largou a faca pouco tempo após o início das “negociações” com a polícia.
Após o flagrante, a polícia fez a busca no veículo do homem. Foram apreendidas entorpecentes do tipo maconha e diversos papelotes para a comercialização da droga, uma arma calibre 38 de numeração raspada e R$ 10 mil reais em espécie debaixo do banco do motorista.
No carro do suspeito foram encontradas armas, notas de dinheiro, drogas, munições e objetos diversos
Reprodução/Polícia Civil
A arma apreendida é do mesmo calibre encontrado na morte da vítima Jorrana. A comparação balística foi solicitada à Polícia Científica do Amapá (PCA). Além disso, foram encontradas no carro vestes semelhantes as que o suspeito utilizava no dia do homicídio.
“Nós conseguimos localizar no porta-luvas o boné com as mesmas características, ou seja, somando a questão do veículo e a questão das vestes que o rapaz utilizou para o homicídio”, disse o delegado adjunto.
O delegado disse ainda, que o suspeito chegou a admitir o crime em uma conversa informal, mas após a presença de seu advogado optou por ficar em silêncio.
O homem foi preso pelo crime de sequestro e cárcere privado no ato flagrancial, porte de arma ilegal e o porte de entorpecentes, e vai ser encaminhado à audiência de custódia. A polícia segue com as investigações.
“A equipe da Decipe ainda não concluiu esse caso, porque nós sabemos que haviam outras pessoas envolvidas. E esse carro especificamente tem altas chances de ter sido utilizado em outros homicídios, continuamos nas diligências e o inquérito continua em andamento”, disse o delegado.
Ação foi em conjunto com o Grupo Tático Aéreo (GTA)
Reprodução/Polícia Civil
Relembre o Caso:
Jorrana Patrícia da Silva, de 32 anos, foi morta na noite de sábado (6)
Redes Sociais/Reprodução
Uma ativista travesti de 32 anos identificada como Jorrana Patrícia da Silva foi morta a tiros por um trio no bairro do Brasil Novo, na Zona Norte de Macapá, no dia 8 de abril de 2024.
O crime foi cometido por um trio que estava num carro. Um homem de 32 anos também foi ferido.
O veículo teria se aproximado das vítimas e os ocupantes começaram a disparar. Jorrana e a segunda vítima foram levadas ao Hospital de Emergência de Macapá (HE), mas ela não resistiu.
A ativista, de acordo com informações, era conhecida por sua atuação na área da Zona Norte de Macapá. A polícia não deu detalhes sobre a motivação do crime.
📲 Siga as redes sociais do g1 Amapá e Rede Amazônica: Instagram, X (Twitter) e Facebook
📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Amapá
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Mais Notícias