26 de dezembro de 2024

Universidade de Columbia ameaça expulsar estudantes pró-Palestina que ocuparam prédio da instituição

No começo da madrugada desta terça (30), estudantes invadiram um dos edifícios mais icônicos da universidade, o Hamilton Hall, e fizeram barricadas com móveis, do lado de fora e do lado de dentro. EUA: estudantes pró-Palestina ocupam prédio da Universidade de Columbia
Nos Estados Unidos, a Universidade de Columbia ameaçou expulsar estudantes pró-Palestina que ocuparam um prédio da instituição.
No começo da madrugada desta terça-feira (30), manifestantes invadiram um dos edifícios mais icônicos da universidade, o Hamilton Hall. Eles fizeram barricadas com móveis do lado de fora e dentro usavam capacetes, óculos de proteção, luvas e máscaras.
O presidente americano, Joe Biden, por meio de um porta-voz chamou de erro a ocupação a força do prédio. A Columbia ameaçou expulsar esses estudantes e fechou os portões.
Alunos que estão do lado de fora da universidade começaram a protestar porque não conseguiram entrar na Columbia. Eles estão interagindo com manifestantes que estão dentro do campus. O acesso a Columbia está praticamente bloqueado, só conseguem entrar alunos que vivem dentro do campus ou funcionários considerados essenciais para a universidade. O ponto de fiscalização é em uma tenda.
Um estudante de arquitetura que não quis dar o nome foi barrado. Ele contou que está frustrado porque tinha uma apresentação importante marcada para esta terça e tem medo de que o bloqueio afete suas notas.
Ao longo do dia, a polícia acompanhou de perto os protestos. De acordo com os agentes, há manifestantes que não são alunos da universidade e se infiltraram no campus. O prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que os policiais estão à disposição da Columbia e que, se precisarem entrar, vão usar o mínimo de força.
A ocupação do prédio tem peso simbólico. O Hamilton Hall foi palco de outros movimentos políticos na história da universidade. Em 1985, estudantes ocuparam o mesmo prédio para exigir que a Universidade de Columbia deixasse de investir em empresas que lucravam com o regime de segregação racial da África do Sul, o apartheid. Os alunos conseguiram.
Os manifestantes pró-Palestina querem que a Columbia corte laços financeiros com empresas que, segundo eles, lucram com a guerra na Faixa de Gaza.
Nesta terça, a Universidade de Brown, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, entrou em acordo com manifestantes e anunciou que vai fazer uma votação, com membros do conselho administrativo, sobre o corte de laços financeiros com algumas empresas ligadas a Israel.
Mas, em outras instituições, houve novas prisões. Em uma universidade no estado da Virginia, centenas de manifestantes entraram em confronto com policiais. Na Universidade da Carolina do Norte, estudantes marcharam com bandeiras da Palestina e tentaram invadir um prédio da instituição.

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