Desentendimento, que aconteceu durante aplicação de morfina, reuniu supostas agressões e ofensas na noite de terça-feira (5). Caso foi registrado na UPA do Piracicamirim
Claudia Assencio/g1/Arquivo
Uma confusão na noite de terça-feira (5), na Unidade de Pronto Atendimento do Piracicamirim, em Piracicaba (SP), envolvendo a aplicação de morfina e supostas agressões e ofensas, fez com que paciente e médico registrassem boletins de ocorrência, um contra o outro.
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Na versão do paciente, que consta no boletim de ocorrência, o homem de 51 anos estava na unidade de saúde para tomar morfina. Ele teria pedido ao médico que “colocasse soro por conta dos inúmeros caroços que possui nos braços decorrente de aplicações”, aponta trecho do boletim de ocorrência.
Ainda segundo a versão, o médico “se exaltou” e “chamou a vítima de ‘viciado e drogado’”.
O profissional da saúde, de acordo com o documento, “ofendeu a vítima com palavras de baixo calão e ainda desferiu um empurrão, derrubando-a contra o solo. A vítima, por sua vez, se defendeu desferindo um soco contra o rosto do autor”, aponta trecho do documento, segundo o qual, o paciente não teve lesões.
Outra versão
Na tarde de quarta-feira (6), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Piracicaba informou que o médico registrou boletim de ocorrência contra o paciente por agressão. Em nota, a SMS afirma que o paciente faz uso do opióide que é potente contra a dor, mas quando utilizado em excesso, apresenta risco de morte.
Segundo a Pasta, o paciente procura a UPA mais de uma vez por dia para receber o remédio.
“Essa não é a primeira vez que o paciente causa situação constrangedora e/ou desinteligência na UPA, porque exige que o medicamento lhe seja prescrito e administrado da forma que ele quer e não da forma que está prescrito em sua receita”, diz a nota.
Na versão da Secretaria Municipal de Saúde, ao ser orientado pelo médico, o paciente teria ofendido o profissional da saúde com palavras de baixo calão e “iniciou o embate físico, utilizando as muletas que usa”, aponta.
“O médico usou os braços para se defender até que a Guarda Civil interviesse. O momento das agressões foi presenciado por outros profissionais da unidade de saúde”, diz a nota.
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