Autoridades presentes devem realizar a devolução simbólica da TI ao povo Parakanã, com a assinatura de ato ministerial atestando o fim da operação, iniciada em outubro de 2023. Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.
Divulgação/Adepará
Uma comitiva com representantes do Governo Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) participa, nesta quarta-feira (6), de uma assembleia do povo Parakanã, na Terra Indígena Apyterewa, no sul do Pará.
Segundo ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a visita marca o fim da operação de desintrusão na TI, iniciada em outubro de 2023. A assembleia tem também como objetivo debater as questões do território e celebrar a cultura do povo indígena.
A ministra dos Povos Indígenas e o ministro da Secretaria Geral da presidência, Márcio Macedo, divulgaram nas redes sociais que já estão em Altamira, para participar do encontro.
As autoridades presentes, entre elas a secretária de estado dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, devem realizar a devolução simbólica da TI ao Povo Parakanã, com a assinatura de ato ministerial atestando o fim da operação.
O Governo Federal informou que cerca de 300 agentes de diversas instituições federais participaram da operação, que resultou ainda na destruição de garimpos e outras atividades ilegais.
Dados do Censipam revelam que, após a desintrusão, não houve alerta de desmatamento na região em janeiro de 2024.
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Terra sob ameaça
A TI Apyterewa teve o maior desmatamento do país por 4 anos consecutivos e perdeu área maior do que Fortaleza. Imagens de satélite mostram a devastação entre 2020 e 2022 e foram expostas em estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Imagens de satélite mostram destruição de floresta entre 2020 e 2022 dentro da Terra Indígena Apyterewa no Pará.
Reprodução / Imazon
A área de preservação indígena foi homologada por decreto em 2007, reservando 773 mil hectares ao povo Parakanã. O território fica dentro do município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.
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