25 de dezembro de 2024

Acusado de matar adolescente dentro de ônibus quando vítima ia para escola pega mais de 23 anos de prisão no AC

Natanael Silva Oliveira foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Adriano Barros foi assassinado com um tiro na cabeça em julho de 2023 no bairro Tancredo Neves. Julgamento ocorreu nesta quarta-feira (6), na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca. Natanael Oliveira, à esquerda, matou o ex-enteado Adriano Barros para se vingar da mulher
Reprodução
Natanael Silva Oliveira foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por matar o adolescente Adriano Barros Cataiana, de 15 anos, em julho do ano passado. O crime ocorreu no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, dentro de um ônibus quando a vítima ia para a escola.
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O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (6) na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca. O júri popular condenou Natanael por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele não pode recorrer da sentença em liberdade.
A reportagem não conseguiu contato com a advogada que atuou no júri popular.
Natanael Oliveira foi preso dois dias depois do crime, e denunciado em setembro do mesmo ano. Em fevereiro desse ano, o juiz de Direito Alesson Braz negou um pedido de soltura da defesa e manteve o acusado preso.
Segundo as investigações, o crime foi motivado por vingança. Oliveira confessou que matou o adolescente após ter um caso amoroso conturbado com a mãe da vítima. No entanto, depois do término, saiu da cidade e foi morar em um lugar isolado.
Ainda em depoimento, ele disse que o adolescente ficava dizendo que iria matá-lo. Ao pegar o ônibus, no dia do crime, encontrou a vítima por coincidência e atirou pelas costas na cabeça do adolescente.
Adriano era apaixonado por cavalos e estava em Rio Branco somente há três meses quando foi morto
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Processo
De acordo com o processo, o acusado manteve um relacionamento de sete meses com a mãe da vítima e, após o término, ameaçava a mulher e até tentou matá-la em uma das vezes. O filho a teria defendido em uma das agressões. Em depoimento, a mãe conta que Natanael mandava mensagens e havia dito que iria mexer com o que mais doía nela.
O tio da vítima, Jomar Machado disse ao g1, na época do crime, que o acusado foi denunciado várias vezes devido às agressões contra sua sobrinha, porém, não chegou a ser preso. A família clamava por justiça e contou que o adolescente estava há três meses em Rio Branco.
Na denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), assinada pelo promotor Efrain Enrique Mendoza, é citada uma das frases que a mãe disse ao chegar no local do crime e ver o filho morto: “Meu Deus, acorda meu filho, por favor meu filho, meu amor.”
Ainda segundo o processo, a mãe contou que sabia que o acusado faz parte de uma facção criminosa. .
Processo anexa fotos mostrando que Adriano era muito família e trabalhador
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“Conforme investigações, foi apurado que o denunciado teria sido por um período de tempo padrasto da vítima, visto que teve um relacionamento com a genitora dele. Todavia, na data da ocorrência do crime o relacionamento já havia terminado. Assim, a motivação para o crime foi deveras torpe, uma vez que se deu em razão de vingança do denunciado pelo fim do relacionamento com a genitora da vítima”, destaca o documento assinado pelo promotor.
Além disso, o promotor anexou fotos do adolescente no dia a dia com a família e trabalhando, ajudando o pai em alguns ‘bicos’. O material ajudou a embasar a tese de que o estudante era inocente e um jovem cheio de planos que foram interrompidos pelo acusado.
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