19 de setembro de 2024

Polícia identifica esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$100 milhões em um ano na Grande SP

Nesta quinta-feira (7), a operação da Dise de Mogi das Cruzes cumpriu 24 mandados de busca em cidades do Alto Tietê e também na capital paulista. Um homem foi preso por posse de arma de fogo de uso restrito. Homem é preso em operação da Polícia Civil de Mogi das Cruzes
Uma operação da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes cumpriu 24 mandados de busca em diversas cidades, nesta quinta-feira (7). A investigação identificou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$100 milhões em apenas um ano. Um homem foi preso por posse de arma de fogo de uso restrito.
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Segundo Fabrício Intelizano, que é delegado titular da Dise, o grupo funcionava como uma célula do PCC atuando na região de Itaquaquecetuba, onde explorava o tráfico de drogas e outros crimes, como roubos e extorsões. A investigação teve início por conta de um sequestro registrado em agosto de 2023.
“No final de semana do Dia dos Pais [13 de agosto], houve o sequestro de um jovem aqui na região e, a partir daí, começamos uma investigação. Nós efetuamos algumas prisões de sequestradores no mês de setembro. Em outubro, realizamos outras prisões de indivíduos que faziam parte desse mesmo grupo e no curso dessas investigações identificamos um indivíduo que seria líder da organização criminosa”, explica o delegado.
A partir dessa identificação, a Polícia Civil deu prosseguimentos às investigações e descobriu o esquema de lavagem de dinheiro que usava estabelecimentos como adegas, tabacarias e distribuidoras de bebidas para efetuar a prática. O que chamou atenção foi a movimentação financeira desses estabelecimentos, que somavam mais de R$100 milhões em apenas um ano.
Operação da Dise cumpriu 24 mandados de busca em cidades do Alto Tietê e na capital paulista
Divulgação/Polícia Civil
“O porte dessas empresas não é compatível com essa movimentação. Então, com esse levantamento, aliado aos elementos que a gente já tinha das investigações anteriores, nós conseguimos junto à Justiça a concessão de mandados de busca. Nesta madrugada, nós cumprimos 24 mandados de busca na região e na capital e, nesses locais, nós conseguimos angariar mais documentos e equipamentos eletrônicos que vão auxiliar na investigação”, disse Intelizano.
A operação foi deflagrada nas cidades em que funcionavam os estabelecimentos investigados, que ficam em Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano e também na capital paulista, na zona leste e zona norte. Durante as ações, um homem ainda foi preso por posse de arma de fogo de uso restrito.
“Para nossa surpresa, nós ainda identificamos uma outra forma que eles utilizam para lavar o dinheiro, que é através das lojas de comércio popular. Em um dos depósitos desse grupo, nós apreendemos uma grande quantidade de produtos de origem estrangeira sem procedência, sem nota fiscal, o que indica que, além desse esquema, tem uma outra vertente para fazer a lavagem de dinheiro através dessas lojas de comércio popular”, contou o delegado.
Ainda durante o cumprimento dos mandados, a Polícia encontrou um escritório que funcionava como um “QG financeiro” e também chegou ao nome de outras empresas e pessoas. Agora, as investigações continuam para que a organização seja descapitalizada e desfeita.
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