19 de setembro de 2024

Conheça a única PM mulher de SC a concluir curso de Ações Táticas Especiais: ‘Ser inspiração é uma honra’

No curso, 40 policiais militares ingressaram e, ao fim de 55 dias, apenas 12 finalizaram. Luize Sauer Ribeiro, de 33 anos
Polícia Militar/Divulgação
Em 17 de novembro de 2023, Luize Sauer Ribeiro, de 33 anos, conquistou o marco de ser a primeira e única mulher de Santa Catarina a concluir o Curso de Ações Táticas Especiais (Cate). No curso, 40 policiais militares ingressaram e, ao fim de 55 dias, apenas 12 finalizaram.
Para a cabo, que atualmente trabalha na segurança de autoridades catarinenses em Florianópolis, e é inspiração para outras profissionais, a capacitação foi um passo para realizar o sonho de integrar o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
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“Servir de inspiração é uma grande honra e uma responsabilidade enorme”, conta a policial.
Apesar do reconhecimento, ela afirma que não pensava sobre o ineditismo feminino e estava focada em concluir a capacitação, “de igual para igual com meus companheiros, pois durante o curso, não há diferenciação”, conta.
“Somos um número, eu era a 10, assim como o 12, 16, 18. Somos tratados iguais, mas fico feliz pelo reconhecimento que tenho recebido, principalmente por parte de mulheres”, diz.
Policial Militar de 33 anos é a primeira mulher a passar no Cate de Santa Catarina
Polícia Militar/Divulgação
Comemorado nesta sexta-feira (8), o Dia Internacional da Mulher ajuda na visibilidade de mulheres, sobretudo nas que atuam em profissões predominantemente masculinas, segundo a policial.
Em Santa Catarina, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente 995 mulheres integram o efetivo de 17.036 policiais militares.
No Brasil, segundo a pesquisa, as mulheres representam 13% do efetivo da Polícia Militar. Na Polícia Civil, o número chega a 27%. Por outro lado, as mulheres são 51,5% dos 203 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Já conquistamos muito espaço nas mais diversas profissões. Na minha opinião, não podemos nos vitimizar e usar o fato de sermos mulheres para conquistar espaço. Precisamos fazer isso com trabalho duro, dedicação e comprometimento”, afirma.
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Policial Militar que passou em curso ao final do Cate
Polícia Militar/Divulgação
Preparação e duas tentativas
Na Polícia Militar desde 2013, Luize morava em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, quando o esposo concluiu o curso do Cate. Os dois, juntos, se mudaram para Florianópolis em 2018. Um ano depois, Luize participou pela primeira vez do curso, mas não conseguiu finalizá-lo.
“Reprovei no teste físico na prova de 10 quilômetros de corrida. Cai faltando 500 metros para concluir”, relembra.
Ao reprovar, Luize seguiu se aperfeiçoando na carreira. A própria policial destaca que o tempo trouxe maturidade para enfrentar as dificuldades e adversidades durante o curso.
Para finalizar a capacitação e se tornar um “cateteano”, nome dados aos agentes que terminam o curso, os policiais passam por testes físicos com provas aquática e terrestres. O objeto é especializar os agentes para conseguirem atuar nas missões específicas e no atendimento de ocorrências de alto e altíssimo risco.
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