26 de dezembro de 2024

Na Rocinha, óleo de cozinha usado vira sabonete, desinfetante, lava-roupas e renda para 14 famílias

O projeto Sabão do Morro é um dos mais bem-sucedidos da comunidade. São 1,2 mil litros de óleo usados como matéria-prima por mês. Com a fabricação de produtos de limpeza feitos com óleo usado, projeto social gera renda para 14 mulheres na Rocinha
Em um projeto social e ambiental da Rocinha, mulheres trabalham apenas uma vez na semana e ganham de acordo com o que produzem. São 1,2 mil litros de óleo usados como matéria-prima para a fabricação de itens de limpeza por mês.
Ao todo, são 14 mulheres beneficiadas atualmente pela iniciativa Sabão do Morro.
“A gente lida com mulheres com baixo grau de escolaridade, que sofreram violência doméstica, através do nosso projeto a gente conseguiu resgatar essas mulheres trazendo renda para elas e capacitação”, afirma a coordenadora do projeto Óleo no Ponto.
Mulheres geram renda extra com fabricação de sabão na Rocinha
Reprodução/TV Globo
Todo material é recebido através de doação. O óleo de cozinha usado, que poderia entupir tubulações e poluir águas doces e salgadas, é transformado em barras de sabão, líquido multiúso, desinfetante e sabão pastoso.
Até o gás usado na fabricação dos produtos vem do lixo da escola, de forma sustentável. Os restos de comida de merenda são levados para o biodigestor que transforma resíduos em gás inflamável.
O Sabão do Morro recebeu o selo verde de uma equipe de pesquisadores da UFRJ e é considerado um dos mais bem sucedidos projetos da comunidade. O aumento da produção depende apenas das doações de óleo.
Mulheres geram renda extra com fabricação de sabão na Rocinha
Reprodução/TV Globo
Os principais fornecedores são da própria comunidade. Oito restaurantes do local são doadores.
“A gente abraçou esse projeto porque tem uma coisa muito bacana que eles conseguiram mostrar. Com esse óleo, eles conseguem dar rentabilidades para as mulheres da comunidade, fazer produto de limpeza, é bem bacana essa parceria”, afirma a empresária Daniele Monteiro.
Os doadores recebem parte da produção como recompensa e o excedente é vendido no varejo pelas redes sociais.

Mais Notícias