20 de setembro de 2024

Presença de mulheres fortalece mineração no Oeste do Pará e ajuda a derrubar estereótipos no setor

Iniciativas como o ‘MRN pra Todos’, impulsionam o protagonismo feminino no município de Oriximiná. Adria Katrine é jovem aprendiz na área de eletromecânica na MRN
Ascom MRN / Divulgação
Adria Katrine, de 23 anos, é moradora da Comunidade Quilombola Boa Vista, localizada no município de Oriximiná, na região Oeste do Pará. A mais velha dos 3 irmãos se define como uma mulher alegre e cheia de vida que, além dessas qualidades, possui visão de futuro e determinação. Ela é jovem aprendiz na área de eletromecânica na Mineração Rio do Norte (MRN), empresa que fica no distrito de Porto Trombetas, no mesmo município.
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Adriane não só busca construir uma carreira de sucesso, mas deseja inspirar outras mulheres que querem trilhar o mesmo caminho. Sua história é apenas uma entre muitas que estão mudando a face do setor historicamente dominado por homens.
“A Adria é uma jovem que tem imensos sonhos. Eu sempre digo que sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, então ouse sonhar grande. Hoje faço parte do grupo de jovens aprendizes na MRN e pretendo exercer esta função no futuro”, afirmou, destacando também o apoio da mãe para que siga na mineração. “A minha mãe foi quem me criou e me deu toda a capacidade para ser a pessoa que eu sou hoje. Ela me representa e eu quero representá-la através da minha vida”, completou.
Mulheres como Adria estão, cada vez mais, ocupando posições de destaque no setor industrial. Buscando incentivar esta transformação na mineração, a empresa tem desenvolvido ações afirmativas que fortaleçam a diversidade e a inclusão de mulheres no quadro de empregados. Por meio do programa “MRN pra Todos”, a empresa investe em iniciativas inovadoras para o empoderamento feminino e desenvolvimento profissional, promovendo a igualdade de oportunidades.
O programa começou em 2019 e desde o seu surgimento, voltado a fortalecer o compromisso com a diversidade, equidade e inclusão, houve um crescimento expressivo na representação feminina na empresa.
O programa promove a captação e desenvolvimento de talentos em diversas áreas da empresa, incentivando a pluralidade de pessoas, pensamentos e ideias, mostrando que competência não tem gênero, origem étnica, convicções religiosas, orientação sexual, habilidade ou formações diferenciadas. Garantindo equidade tanto nas políticas e práticas de gestão de pessoas quanto na estratégia do negócio.
Compromisso e inspiração
Outra mulher inspiradora na mineração é a indígena Catryne Tupinambá, de 24 anos, moradora da comunidade Boa Vista, em Oriximiná. Ela trabalha no Hospital de Porto Trombetas, atendendo com carinho e atenção quilombolas, ribeirinhos e empregados diretos e indiretos da MRN. Construiu sua trajetória no movimento indígena e na luta contra a violência doméstica, demonstrando sua força e compromisso com a comunidade.
Indígena Catryne Tupinambá trabalha no hospital em Porto Trombetas
Ascom MRN / Divulgação
Além do trabalho no hospital, Catryne Tupinambá também faz parte do Departamento de Mulheres do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns (CITA), atendendo vítimas de violência doméstica que vêm de comunidades ribeirinhas e indígenas.
Catryne chegou em Porto Trombetas no ano de 2021 e reforça que faz questão de prestar o atendimento caracterizado como indígena e conta como é realizar o trabalho com um público diverso.
“Aqui em Porto Trombetas atendemos quilombolas, ribeirinhos e brancos. Acordo às cinco e meia da manhã para vir trabalhar e sempre estou com um sorriso no rosto”, diz a indígena que também cursa Comunicação e sonha em ampliar as vozes diversas das comunidades tradicionais da região. “Eu não só quero levar através de fotos e vídeos, um pouco do que a juventude pode trazer para mudar o mundo, mas também as lutas ribeirinhas e quilombolas que querem crescer e se desenvolver”, finaliza.
Empreendedorismo que gera valor
A força da mulher na mineração não fica restrita apenas às áreas de operações da MRN. A presença da empresa em Porto Trombetas também possibilita a abertura de postos de trabalhos indiretos, como o da empreendedora Glenda Araújo, de 40 anos.
Glenda Araújo, de Santarém, atua com venda de semijóias e folheados
Ascom MRN / Divulgação
Natural do município de Santarém, oeste do Pará, Glenda chegou em Porto Trombetas, em 2019. Atuou como pedagoga em uma escola de Educação Infantil do distrito e por conta da pandemia de Covid-19 teve que mudar os planos, se encontrando no empreendedorismo, o que fez com que fincasse raízes na região.
Há dois anos, Glenda atua com venda de semijoias e folheados, demonstrando foco, determinação e resiliência em um mercado desafiador. “Eu costumo dizer que eu não vendo só acessório, vendo transformação, brilho nos olhos e autoestima. É o que eu procuro entregar para as pessoas e que se sintam acolhidas com algo que possam agregar na vida delas. Empreender não é fácil, mas se tiver força de vontade, disciplina e, principalmente, comprometimento a gente consegue fazer acontecer”, destaca.
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