20 de setembro de 2024

Aterro sanitário de Cordeirópolis é classificado como inadequado pela Cetesb

A pontuação baixa se deve a vários problemas que foram identificados durante uma visita técnica. Aterro de Cordeirópolis é classificado como inadequado pela Cetesb
O aterro sanitário de Cordeirópolis (SP) é o único da região que foi classificado como inadequado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A pontuação baixa se deve a vários problemas que foram identificados durante uma visita técnica.
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A inspeção no aterro ocorreu em 24 de novembro de 2023 e o levantamento faz parte do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, um documento que traz o retrato ambiental de todos os aterros do estado.
📊 Os dados foram divulgados em maio e das 18 cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba, Cordeirópolis teve a pontuação mais baixa. De 0 a 10, ficou com 5,1.
⚠️Os registros feitos pelos técnicos da Cetesb mostram aves no local, uma grande quantidade de urubus, que geralmente são atraídos para áreas que concentram matéria orgânica.
Cetesb identifica problemas no aterro sanitário de Cordeirópolis
Reprodução/EPTV
Em outra foto, os técnicos também identificaram falhas na disposição dos resíduos no aterro. O lixo espalhado a céu aberto, sem cobertura adequada.
Outro ponto importante que contribuiu para a baixa nota do aterro é a quantidade de lixo que a área recebe, que, segundo o inventário, é maior que a capacidade diária autorizada. São em média 15 toneladas de lixo por dia, sendo que a capacidade seria de até 9,7.
O local também recebeu pontuação insuficiente para isolamento físico, acesso de descargas de material, dimensões de valas, monitoramento de águas subterrâneas, vida útil e presença de aves e animais.
Segundo o engenheiro ambiental Allan Jonas Duarte, a disposição inadequada do lixo causa impactos que a população sente de forma indireta: “Por exemplo as condições de rios, de lagos, nós temos muita poluição de lixo descartado inadequadamente, isso muitas vezes vai para rios, lagos, mares”, afirmou.
Além disso, o aterro sanitário inadequado pode gerar outros problemas. “Nós temos a contaminação do lençol freático, a contaminação do solo pela decomposição do lixo. É um problema que muitas vezes indiretamente causa um problema à saúde. É um fator preocupante”, completou.
Outro problema é a poluição atmosférica pela falta de cobertura do lixo, além da aproximação de aves, que podem ser vetores de doenças.
Cetesb classifica aterro sanitário de Cordeirópolis como inadequado
Reprodução/EPTV
📈Na região, as maiores cidades tiveram boas notas na avaliação da Cetesb. Piracicaba teve 9,2 e Limeira 7,4. Santa Bárbara d’Oeste teve pontuação máxima, 10.
O que diz a prefeitura
Segundo o secretário de Serviços Públicos de Cordeirópolis, Moisés Lima de Omena, a cidade vem fazendo melhorias no aterro.
“Em 2023, final de pandemia, nós não tínhamos portaria ainda. Fizemos a portaria, colocamos guardas, contratamos uma pessoa para controlar esse lixo. Ampliação do aterro, fizemos a cerca viva e colocamos uma cerca de arame farpado”, afirmou.
Conforme o secretário, essas ações impedem que pessoas de outras cidades vão até o aterro para jogar lixo de forma incorreta. Ele ressalta que já houveram melhorias e o cenário é diferente do observado na visita técnica em 2023.
“Todos os dias nós recolhemos os lixos da cidade e nesse momento as máquinas estão enterrando o lixo para evitar animais, urubus”, completou. Segundo ele, a pasta busca cumprir todas as exigências da Cetesb.
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