27 de dezembro de 2024

Marcha reúne mulheres pelas ruas de Belém e reforça a luta por direitos femininos

Caminhada percorreu a Praça da República até a Praça Santuário de Nazaré Marcha marca Dia da Mulher em Belém
Agência Belém
Nesta sexta-feira (8), quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, mulheres de todos os segmentos sociais caminharam evocando palavras de ordem da Praça da República até a Praça Santuário de Nazaré para reforçar a importância de se manter o avanço dos direitos femininos. A marcha “Pela Luta das Mulheres: Da Amazônia à Palestina. Nenhuma a menos!” acompanhou a mobilização nacional realizada pelo movimento Articulação de Mulheres Brasileiras que na capital paraense teve apoio da Prefeitura de Belém.
A coordenadora Antirracista da Prefeitura de Belém, Elza Rodrigues, acredita que ocupar as ruas em dias como esse é importante para chamar a atenção para o cotidiano. “O 8 de Março é importante, mas o avanço tem que ser diário com a criação de políticas públicas que considerem as nossas diferenças. Porque embora nós sejamos todas mulheres, temos nossas particularidades, que fortalecem a nossa luta, a luta das mulheres quilombolas, mulheres periféricas, mulheres de terreiro. E para nós é uma conquista estar num governo de esquerda que tem preocupação concreta com a vida das mulheres especialmente na criação de políticas públicas”, explica a coordenadora.
Apesar dos muitos avanços, mulheres seguem recebendo pelos menos 30% a menos e ocupando menos cargos de chefia do que os homens, além disso um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta um crescimento de 1,6% nas mortes de mulheres em 2023 se comparado ao mesmo período do ano anterior; é o maior número já registrado desde a criação da lei Maria da Penha, em 2015. Esses são alguns dos motivos que levaram Caroline Ribeiro, de 30 anos, funcionária pública, a integrar a Marcha deste dia 8 de Março.
“Eu tô aqui lutando por todas as causas que atingem nós mulheres, nós mulheres no mundo do trabalho, as mulheres que vem sendo violentadas, perdendo seus direitos. É também para dar exemplo para as gerações futuras que a gente ocupa as ruas nos dias de hoje exigindo nossos direitos, exigindo equidade, não só do governo mas também na sociedade, que nos respeitem, que não nos matem e que cada vez mais mulheres possam vir para luta em todos os campos”, alerta Caroline.

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