28 de dezembro de 2024

‘Rio-Paris – A Tragédia do voo 447’: como foram os minutos finais do voo que caiu no oceano em 2009

Série documental disponível no Globoplay mostra detalhes do trabalho de investigação e ouve familiares das vítimas do avião que saiu do Rio de Janeiro. “Rio-Paris: A tragédia do voo 447” conta a história da tragédia que mudou a aviação
Na última sexta-feira (31), um dos maiores acidentes da história da aviação completou 15 anos: a queda do voo 447 da Air France. O Airbus A330 tinha saído do Rio de Janeiro com destino a Paris.
A complexa operação de resgate das caixas pretas, retratada do ponto de vista dos investigadores e das famílias das vítimas, é o tema da nova série documental do GloboPlay: ‘Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447”.
‍👨‍✈️ “A gente perdeu todos os controles do avião”
👨‍✈️“Eu não estou entendendo nada”
👨‍✈️“Estamos a 4 mil pés”
👨‍✈️“Não pode ser”
Essas são falas reais que foram resgatadas do fundo do mar, de uma caixa perdida no Oceano Atlântico. Foram determinantes para desvendar o mistério do voo da Air France.
Série documental retrata últimos instantes do voo 447 da Air France.
TV Globo/Reprodução
Eram 228 pessoas na aeronave, sendo 15 tripulantes. Ao todo, 59 vítimas eram brasileiras, mas as vítimas pertanciam a 32 nacionalidades diferentes.
“Poderia ser eu, poderia ser você que pegou um avião e que nunca podia imaginar que a viagem não chegaria ao fim”, diz a produtora-executiva Clarissa Cavalcanti.
Ela conta que o avião também é um personagem nessa história. O Airbus A-330 é considerado pelos profissionais da aviação um avião muito automatizado e que os pilotos poderiam deixar tranquilamente seguir o curso. A série documental nos transporta até esse avião.
“A gente queria passar essa sensação como se tivesse uma câmera espiã ali na nuvem. E as artes 3D conseguiram transportar a gente para aquele momento”, diz Clarissa.
Ela diz que a equipe tentou ouvir todos os lados envolvidos na tragédia. Na França, foram dez cidades visitadas, além dos Estados Unidos.
“A gente se preocupou em fazer uma homenagem às famílias e aos mortos”, fala o diretor do documentário, Rafael Norton.
Segundo ele, foi um longo processo de bastidor para acessar essas famílias. Ele cita uma das entrevistas que foram mais difíceis.
“De um rapaz eu perdeu o marido. Quando a gente monta o set, apaga tudo, se apaga todas as luzes, e a pessoa não fala. Não vou falar de nada. E ela lembra que ela nunca contou aquilo para ninguém, que ela guardou durante 15 anos”, diz.
Documentário sobre o voo 447, a Air France, conta a história das vítimas do voo.
TV Globo/Reprodução
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Trabalho de resgate
Outro foco do documentário é a busca pelos destroços. Foram 26 dias de incertezas. Silvio Monteiro Júnior, chefe das buscas, diz que a busca pelo conforto às famílias foi a motivação nesse processo e conta do sentimento que tomou conta dele quando o avião foi encontrado.
“Um alívio. Eu não falo de vitória, não tem vitória quando você encontra corpos. O que motiva sempre é que, se não for capaz de trazer o sobrevivente,, no mínimo eu vou tentar trazer um pouco de conforto para as famílias e dar o direito de elas procederem o sepultamente e o luto dela”, diz, emocionado.
Além dos corpos, foram encontrados os pertences das vítimas. No documentário, os familiares dalam como receberam esses objetos após a tragédia.
Câmera de passageiro foi recuperada pela equipe de resgate.
TV Globo/Reprodução
Caixa-preta
Depois da missão de resgate, as autoridades francesas começaram as buscas pelas duas caixas-tratas. Uma com dados, e outra com as conversas da cabine. Elas foram localizadas depois de dois anos e quatro operações de buscas.
“Foram mais de US$ 100 milhões para chegar na caixa-preta. Nenhuma caixa-preta ficou tanto tempo embaixo d’água. Então, ela tinha risco de não estar funcionando”, fala Norton.
Caixa preta do voo 447 foi encontrada após dois anos de procura.
TV Globo/Reprodução
Clarissa explica que o documentário traz como foram os últimos instantes da cabine. “Você tem que ver a série para entender como a gente passa essa tensão e o que de fato aconteceu”.
Os diálogos encontrados estão na nova série documental “Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447”. Os quatro episódios já estão disponíveis no GloboPlay.
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