9 de janeiro de 2025

Focos de incêndio no Pantanal crescem 931% no 1º semestre de 2024

Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano. Bombeiros tentam conter fogo que se espalha em área alagada, na região de Corumbá (MS). Focos de incêndio no Pantanal cresceram em 2024
Os focos de incêndio no bioma Pantanal, presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cresceram 931% em um ano, mostram os dados do Satélite de Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Enquanto em 2023 foram registrados 91 focos de incêndio pelos pesquisadores, entre os meses de janeiro e junho, em 2024 o índice saltou para 939, no mesmo período.
Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano, contra 52 no ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado, equipes conseguiram contem o fogo em três Parques Estaduais: Pantanal do Rio Negro (Pantanal); Nascentes do Taquari (Cerrado) e Várzeas do Rio Ivinhema (Mata Atlântica). Veja o vídeo acima.
Fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
CPA-CBMMS / Mairinco de Pauda
A corporação ressalta também que iniciaram em abril a Operação Pantanal, atualmente na etapa de Preparação e Prevenção para os períodos de seca extrema. São 61 militares em ação, divididos entre atividades de gerenciamento e campo.
Na manhã desta terça-feira (4), saiu de Campo Grande (MS) a aeronave Fronteira 1 da Polícia Militar, com destino a Corumbá. Ela vai ajudar os combatentes a acessar as regiões de incêndio. Junto com a aeronave chegará um militar especialista em Incêndio Florestal para reforçar a guarnição.
Especialistas explicam que junho é o período em que começam as queimadas no bioma, que pode durar até seis meses. O inverno é considerado um período de atenção, já que o tempo fica seco e há menos chance de chuvas.
Área percorrida pelo Corpo de Bombeiros
Divulgação
Em 2020, quase 60% dos focos de incêndio no Pantanal foram provocados por ações humanas, segundo estudo apresentado pelos Ministérios Públicos de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso.
Desafios: O local dos focos de incêndio é de difícil acesso, com vegetação densa, o que dificulta o combate. Após saírem das bases militares em Corumbá, os brigadistas pegam embarcações e depois precisam caminhar no brejo, com os equipamentos de combate ao fogo, para completar o trajeto até os incêndios.
Nuvem de fumaça encobre céu de Corumbá no Pantanal de MS
O cenário foi enfrentado por seis militares no domingo (2), para combater dois focos de incêndio de grandes proporções em Corumbá. O fogo foi tamanho que uma extensa cortina de fumaça subiu pela cidade. Veja o vídeo acima.
“A principal dificuldade do trabalho é acessar esses focos, por conta das características do pantanal, mas os militares estão nos dois locais”, relatou o capitão Samuel Pedroso, do Corpo de Bombeiros.
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