Medida faz parte do projeto de revitalização do Córrego Piedadinha. Iniciativa partiu de estudantes da Escola Estadual Professora Alzira Valle Rolemberg, em São José do Rio Preto (SP). Os estudantes estão tendo palestras sobre colmeias em escola de Rio Preto (SP)
Alunos da Escola Estadual Professora Alziva Valle Rolemberg em São José do Rio Preto (SP), vão instalar colmeias de abelhas as margens do Córrego Piedadinha. A ação faz parte de uma série de atividades que estão sendo realizadas por conta do Dia Mundial do Meio Ambiente, neste 5 de junho.
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A iniciativa contribui com o processo de revitalização do córrego que começou em julho de 2022.
No primeiro momento os estudantes do ensino médio da instituição auxiliaram na recuperação da nascente no local que estava abandonado, com muita sujeira e poluição.
Na época eles foram supervisionados pela professora Sandra Zanatta.
As atividades acontecem no Córrego Piedadinha em São José do Rio Preto (SP)
Divulgação
O Córrego Piedadinha, que fica localizado na região norte da cidade, tem três quilômetros de extensão e tinha problemas como descarte irregular de lixo e destruição da vegetação nativa.
Na época cinco alunas ganharam uma bolsa de iniciação cientifica por conta da ideia de recuperar o espaço.
“A questão das colmeias são estratégias juntos com os alunos para revitalizar o espaço. Algumas coisas a gente já está fazendo. Como limpeza de resíduos sólidos, a gente trabalha com reciclagem na escola. A vegetação lá é precária, não tem muitas variedades de espécies. É preciso essa variedade e as abelhas fazem esse papel com a polinização”, explica Sandra Zanata.
Ao longo da Semana do Meio Ambiente estão sendo feitas várias ações de conscientização entre os estudantes e também de recuperação da nascente que atualmente já tem um cenário bem diferente de antes.
Alunos fizeram um espaço dedicado ao Dia do Meio Ambiente em escola de São José do Rio Preto (SP)
Divulgação
A instalação de caixas com colmeias de abelhas sem ferrão, vai ser realizada na sexta-feira (7).
O projeto é feito em parceria com os profissionais do Meliponário do Instituto de Biociências, Letras e Ciências (Ibilce), também conhecido como Melibilce.
Os alunos de várias idades estão tendo palestras relacionadas a apicultura, meliponicultura e sobre os processos de erosões de solo. (veja vídeo acima)
Maria Sophia Franco de Almeida, de 12 anos participa do projeto de revitalização do córrego
Reprodução / WhatsApp
Maria Sophia Franco de Almeida, de 12 anos, participa das atividades e reconhece que isso é importante para a preservação dos recursos naturais:
“Eu moro bem longe do córrego e penso no dia de amanhã. Tudo isso que eu estou fazendo não é para mim. Pelo contrário, é para a minha geração, para os meus filhos, para os meus netos, para os meus bisnetos. Estou pensando neles. Se a gente não cuidar desse córrego, isso não pode mais existir. Isso afeta todo mundo morando longe ou perto”, comentou.
Colocação das abelhas
Pesquisadores e profissionais do setor de biológicas do Meliponário do Ibilce estiveram na região do Córrego Piedadinha para fazer uma análise do ambiente e consequentemente definir qual o melhor tipo de abelha para viver no local.
Um mapeamento da área foi realizado para apontar em quais pontos as colmeias deveriam ser colocadas.
Lis Xavier Campos, docente no curso de Ciências Biológicas faz parte do trabalho e conta que foi uma experiência incrível e inspiradora.
“É nesse momento que os membros do projeto Melibilce sentem que estão participando ativamente da sociedade e ajudando nas melhorias da cidade, dado que, somente com o meio ambiente preservado a população o rio-pretense conseguirá atingir melhoria na qualidade de vida”, explica Lis.
Abelhas da espécia Jataí vão ser instaladas em São José do Rio Preto(SP)
Divulgação
Após avaliação do espaço veio a decisão de colocar a colmeia de abelhas da espécie Jataí. Pensando principalmente na necessidade de instalar uma colmeia de abelhas nativas da região, que ajudariam a revitalizar a área do córrego.
A abelha Jataí é ótima polizadora para as plantas nativas encontradas em Rio Preto e região.
“Além disso, essas abelhas são de baixa manutenção, não são agressivas e nem possuem ferrão e por isso não seriam um potencial risco para a comunidade”, finaliza Lis.
A docente ainda explica que as colmeias são de extrema importância para cenário que foi encontrado, pois vão ajudar o ambiente a se reconstruir de maneira natural e a favorecer o aumento da área de floresta ao redor do córrego.
Reconhecimento
O projeto de revitalização do Córrego Piedadinha foi reconhecido em São José do Rio Preto(SP)
Divulgação
A iniciativa de revitalização do Córrego Piedadinha partiu dos estudantes, depois que identificaram que havia vários problemas de degradação ambiental.
Por conta desse trabalho, a professora Sandra Zanatta, responsável pelo projeto foi homenageada e representou os alunos.
O reconhecimento aconteceu na segunda-feira (3), durante a 22ª Semana Integrada do Meio Ambiente em São José do Rio Preto. Veio através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e levou em consideração o trabalho que tem sido realizado há dois anos.
“Ele me chamou e eu não esperava. Eu fui chamada para apresentar o projeto de revitalização do córrego e a parte de educação ambiental na escola. Eu preparei o slide para fazer a apresentação e eles me chamaram fazendo esse reconhecimento a todos. Foi emocionante”, finaliza Sandra.
A professora ainda explica que após a colocação das caixas de colmeias os alunos vão permanecer monitorando a área e contando com apoio da população que mora perto do córrego. Sob supervisão dos profissionais do Melibilce.
Alunos tiveram palestras sobre a importância das colmeias em Rio Preto
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