Seguranças foram encontrados com distintivos falsos da Polícia Penal e Justiça Federal. Segundo o Ministério Público do Tocantins eles estavam presos desde fevereiro do ano passado, mas foram soltos para recorrer em liberdade. Seguranças são condenados por explodirem bombas em fazenda em Almas
Divulgação
Quatro funcionários de uma empresa de segurança privada foram condenados por associação criminosa. Segundo a sentença, eles teriam atirado e explodido bombas para afastar moradores da Fazenda Modelo, que é uma área de conflito agrário na zona rural de Almas. As penas somadas ultrapassam 25 anos de prisão, além de multas.
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Conforme a denúncia do Ministério Público, os funcionários trabalham para uma empresa goiana. Durante o interrogatório, os quatro seguranças de 40, 51, 22 e 36 anos negaram as acusações, disseram ser alvos de um falso flagrante e pediram absolvição por falta de provas.
Segundo o Ministério Público, três dos seguranças são de Senador Canedo (GO) e Aparecida de Goiânia e um é de Paraíso do Tocantins. Os nomes deles não foram divulgados, por isso o g1 não teve contato com a defesa.
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Conforme a denúncia, eles teriam explodido bombas para expulsar um casal de posseiros da fazenda. O MPTO ainda contou que os funcionários chegaram a procurar um delegado da Polícia Civil para avisar que haviam sido contratados para fazer a segurança de uma propriedade rural. Eles foram abordados pela Polícia Militar na rodovia TO-040, após a explosão das bombas.
Os militares apreenderam nove bombas, quatro cintos táticos, balaclavas, três coletes balísticos, duas algemas, três patchs, um simulacro de pistola, 77 munições, carteira de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), quatro distintivos falsos da Polícia Penal de Goiás, Justiça Federal, Conselho Tutelar e outro de ‘Agente de Segurança Armada’, um facão, duas facas e quatro banners com inscrição indicativa de proibição de entrada na fazenda.
A condenação foi assinada pelo juiz Rodrigo da Silva Perez Araújo pela Vara Criminal, de Violência Doméstica e Juizado Especial Criminal de Dianópolis. Na sentença ele afirma que os contratos de prestação de serviços era uma forma de esconder a prática dos crimes.
“O contexto em que os acusados foram presos em flagrante, somado aos objetos ilícitos apreendidos, dentre eles, arma de fogo, simulacro de arma de fogo, munições, bombas, distintivos de cargos públicos falsos e contratos de prestação de serviço de segurança para fazendas indicam, de forma indene de dúvidas que associaram-se para a prática de crimes”, disse o juiz.
Três dos seguranças foram condenados cada a seis anos e três meses de prisão, já outro funcionários com iniciais W.J.D.S foi condenado a sete anos.
Conforme o Ministério, os seguranças estavam presos desde fevereiro do ano passado, mas o juiz determinou a soltura deles para que pudessem recorrer em liberdade. Na decisão, também foi determinado que os quatro irão cumprir a pena no regime semiaberto.
O juiz também concedeu um prazo de 90 dias para que a defesa prove a origem lícita de R$ 16.333, uma propriedade e origem lícita dos bens apreendidos. Caso não seja comprovado, os itens serão vendidos em leilão.
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