Educação ambiental para crianças de escolas públicas busca fazer do desenvolvimento verde assunto para todos
Divulgação
O que é mudança climática? O que é aquecimento global? E desenvolvimento de baixo carbono? O que precisamos mudar para construir o lugar que queremos viver no futuro? A brincadeira do porquê, tão comum na infância de toda criança, conduz meninos e meninas a se conectar a questões-chave de educação ambiental na Amazônia, centro do debate mundial sobre crise climática. Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiental, a cidade de Paragominas, sudeste do Pará, lança um programa inédito de educação ambiental voltado para escolas públicas de ensino fundamental. Além disso, as áreas verdes estão sendo implementadas em escolas indígenas, rurais e urbanas da cidade, que foi a primeira da região Norte a implementar uma lei municipal sobre o clima, em 2011.
Uma das metas do município de Paragominas é zerar a emissão de carbono até 2030. Para isso, há um ano foi assinado um “Pacto pelo Clima e Desenvolvimento Territorial”, que faz parte do Projeto Paragoclima, buscando, entre outras frentes, incentivar a neutralidade de carbono, estimulando boas práticas agropecuárias no contexto da economia de baixo carbono. Agora, com livros, jogos e concursos de redação, o Programa de Educação Ambiental Paragoclima está chegando às escolas para formar milhares de estudantes, que serão agentes multiplicadores em defesa do meio ambiente.
“A intenção é que as crianças e jovens levem para dentro de suas casas tudo o que aprenderem no programa sobre desenvolvimento de baixo carbono. A ideia é que toda a comunidade escolar possa entender o valor de uma relação harmoniosa com o meio ambiente nas atividades produtivas ou de consumo, dando exemplos de saber viver bem na Amazônia”, diz a coordenadora do Grupo de Trabalho Clima e secretária municipal do Verde e do Meio Ambiente de Paragominas, Amanda Purger.
O que precisamos mudar?
Para que isso aconteça, é preciso mudar alguns modos de produzir e consumir. Dois exemplos sobre modos de produzir: 1) a produção agrícola pode ser mais rentável e gerar mais riquezas se for feita de forma sustentável e 2) a pecuária obtém muitos benefícios ao utilizar formas inteligentes de criação.
Com a roça sem fogo, é possível preparar uma área de plantio, afastando a vegetação, que se transformará em palhada na superfície. Isso vai conservar a umidade do solo, evitando a erosão e dando nutrientes para as plantações, além de não emitir, e sim capturar carbono para ajudar no crescimento das plantas.
O metano, que causa o efeito estufa e é emitido pelo aparelho digestivo do gado ao comer muitas fibras, pode ser reduzido. Com o manejo rotacionado, isto é, com períodos de descanso e recuperação do pasto, o gado vai comer apenas folhagens novas e com pouca fibra, diminuindo a sua emissão de metano.
Sobre modos de consumir, o poder está nas mãos de quem compra e pode fazer escolhas que causem menos impacto ao meio ambiente. Uma regrinha de ouro são os 6 Erres, que consistem em repensar práticas de uso e consumo; recusar o que não é necessário; reduzir o consumo e reutilizar de outras formas; reparar o que está quebrado; reciclar para transformar em outro objeto. Também é importante, entre outras coisas, dar destinação correta aos resíduos, para evitar que poluam rios e cursos d’água.
O que é mudança climática? O que é aquecimento global? E desenvolvimento de baixo carbono? O que precisamos mudar para construir o lugar que queremos viver no futuro? A brincadeira do porquê, tão comum na infância de toda criança, conduz meninos e meninas a se conectar a questões-chave de educação ambiental na Amazônia, centro do debate mundial sobre crise climática. Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiental, uma cidade do interior do Pará lança um programa inédito de educação ambiental voltado para escolas públicas de ensino fundamental.