10 de janeiro de 2025

PF destrói helicóptero em ação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

Além da destruição da aeronave, foram inutilizados 50 litros de diesel, 100 litros de querosene para aviação e um motor. Ação faz parte da operação Libertação, deflagrada em janeiro de 2023. Ação faz parte da operação Libertação, deflagrada em janeiro
PF/Divulgação
A Polícia Federal destruiu nesta quarta-feira (5) um helicóptero usado por garimpeiros na região do Alto Rio Catrimani, na Terra Indígena Yanomami. A ação faz parte da operação Libertação, deflagrada em janeiro do ano passado. Ninguém foi preso.
Além da destruição da aeronave, foram inutilizados 50 litros de diesel, 100 litros de querosene para aviação e um motor. A operação Libertação ocorre de forma permanente no território e tem como objetivo proteger a população Yanomami por meio da interrupção do garimpo ilegal.
A PF estima que desde o início da operação, a atividade ilegal teve um prejuízo de mais de R$ 28 milhões. Ainda segundo a Polícia Federal, haviam garimpeiros próximo ao local onde o helicóptero foi encontrado, mas eles fugiram. A ação contou com apoio logístico do Exército Brasileiro.
Nesta quarta, o governo federal divulgou um balanço das operações no território. Em maio, foram realizadas 173 operações, que resultaram na destruição de 134 motores e de 43 geradores, 9.335 litros de óleo diesel inutilizados e a apreensão de 7,8 quilos de ouro.
Também foram apreendidas ou destruídas 11 aeronaves. Além disso, 11 pessoas foram presos e 11 armas foram apreendidas, além de uma submetralhadora.
Terra Yanomami
A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.
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Em março deste ano, 600 indígenas, entre pacientes e acompanhantes, estavam vivendo na Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai), na capital Boa Vista. O local recebe os indígenas que estão com doenças mais graves e precisam receber atendimento de saúde dos hospitais na capital.
No dia 2 de abril, o Profissão Repórter mostrou como, um ano após a intervenção do governo federal, o garimpo e as doenças trazidas pelos invasores continuam sendo a maior ameaça para os Yanomami.
*Com colaboração de Ronny Alcântara e Alessandro Leitão, da Rede Amazônica
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