Joyce Dornelas e os dois filhos foram convidados para participar da defesa de um projeto de lei que garantiria o acompanhamento integral de alunos com dislexia, TDAH, altas habilidades ou outros transtornos de aprendizagem. Ela disse que gravava uma entrevista do parlamentar Abatênio Marquez (PP), quando ele a empurrou e jogou o celular dela no chão. Vereador empurra mãe de criança autista e causa confusão
Uma confusão foi registrada na Câmara dos Vereadores de Uberlândia na tarde de quinta-feira (6). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o vereador Abatênio Marquez (PP), líder do Prefeito Odelmo Leão no Legislativo, empurrando uma mulher que o gravava enquanto ele dava uma entrevista a um veículo de comunicação e jogando o celular dela no chão. Veja acima.
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O g1 conversou com Joyce Dornelas, a mulher que gravava o parlamentar.
Joyce explica que foi convidada por outro vereador, Ronaldo Tannús (DC), para participar da defesa do Projeto de Lei N°. 1539/2024, que institui à política municipal, o acompanhamento escolar integral de alunos com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), altas habilidades ou outros transtornos de aprendizagem.
“Infelizmente, a gente teve essa fatídico incidente com esse vereador, estávamos acompanhando uma entrevista e ele se incomodou com a minha presença, porque eu estava ali para defender uma causa, que é um direito meu, de todas as mães atípicas e, principalmente, dos nossos filhos”, afirmou Joyce.
Ela conta que estava com os dois filhos, que ficaram desesperados e saíram correndo, chorando.
“É uma situação bastante humilhante para todos nós que somos mães atípicas, que lutamos diariamente para garantir o melhor para os nossos filhos”, disse Joyce.
“Esse tipo de pessoa que diz que está ali para defender os direitos dos cidadãos e ter esse tipo de conduta?! É inaceitável.”
O projeto, que recebeu parecer contrário da Comissão de Legislação e Justiça por inconstitucionalidade, foi rejeitado durante votação na quinta pelos parlamentares por 13 votos contrários e 13 ausências. Para que o parecer contrário fosse derrubado, eram necessários 18 votos contrários.
Um boletim de ocorrência foi aberto junto à Polícia Militar.
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O que diz Abatênio
Após a repercussão do caso, Abatênio publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que as alegações contra ele são mentirosas.
“Nos últimos dias, vocês viram que tenho sido vítima de ataques e ameaças. Hoje, mais uma vez, na Câmara Municipal, aqueles poderosos que querem tomar o poder da cidade, estão armando contra mim porque eu enfrento e falo a verdade. Não tenho rabo preso com ninguém.
Hoje armaram aqui na Câmara uma cena que é toda mentira. Tudo mentira. Eu quero deixar aqui um desafio a esses que querem me acusar de mentira: achem uma imagem de que eu encostei a mão em uma pessoa, homem ou mulher aqui na Câmara, e eu renuncio o meu mandato e largo a política.”
A Câmara Municipal informou que não se pronunciará a respeito do caso.
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Câmara Municipal de Uberlândia
Câmara de Uberlândia/Divulgação
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