O homem que já foi um dos principais conselheiros de Donald Trump tem até 1º de julho para se entregar. Ele vai cumprir 4 meses de detenção por desacato ao Congresso americano. Justiça ordena que Steve Bannon, ex-assessor de Trump, se entregue à prisão
A Justiça americana determinou que um ex-assessor do então presidente Donald Trump se entregue à prisão.
“Não há nada que vá me calar”, foi o que disse Steve Bannon ao saber que vai para a prisão. O homem que já foi um dos principais conselheiros de Donald Trump tem até 1º de julho para se entregar. Ele vai cumprir quatro meses de detenção por desacato ao Congresso americano.
Steve Bannon foi intimidado a depor na comissão de congressistas que investigou a invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021. Ele se recusou a prestar depoimento e também se negou a entregar documentos que a comissão pediu. Por esses motivos, foi condenado em 2022 – mas aguardava em liberdade enquanto apelava. Em maio, a Justiça rejeitou o recurso.
Nos dias anteriores à invasão do Capitólio, Bannon conversou com Donald Trump e, segundo os congressistas, sabia que haveria uma invasão. Bannon faz parte da extrema direita americana. Foi ele quem organizou a campanha que elegeu Trump em 2016. Também ajudou a criar um site que disseminava informações falsas e teorias da conspiração.
Nos EUA, Justiça ordena que Steve Bannon, ex-assessor de Trump na Casa Branca, se apresente para cumprir pena de prisão
Jornal Nacional/ Reprodução
A decisão do juiz Carl Nichols, de Washington, de prender Bannon significa que ele estará atrás das grades durante parte significativa da campanha eleitoral de 2024. Enquanto isso, Donald Trump ganhou mais tempo. Ele não deve voltar a ser julgado antes da eleição presidencial em novembro.
Desta vez, no caso do estado da Geórgia, em que Trump é acusado de chefiar uma organização criminosa para vencer a última eleição, em 2020. Quatro dias antes de o Congresso certificar a vitória de Joe Biden, Trump telefonou para principal autoridade eleitoral da Geórgia e foi gravado. Ele ordenou que as autoridades eleitorais encontrassem mais de 11 mil votos para ele – o que daria ao republicano a vitória no estado. Mas o plano não foi adiante porque as autoridades seguiram a lei e se recusaram a mudar o resultado da votação.
Mas o caso, que já não tinha data para ir a julgamento, foi paralisado indefinidamente na quarta-feira (5). É que a procuradora-geral do distrito onde Trump será julgado, Fanni Willis, teve um romance com outro promotor do caso. A defesa de Trump usou isso para argumentar que a presença de Willis compromete a integridade do julgamento.
O Tribunal de Recursos anunciou que vai primeiro decidir se a procuradora-geral deverá será desqualificada para só então retomar o caso – um dos quatro processos criminais contra Trump.