Bruno Santos Alves, de 24 anos, foi baleado na nuca ao tentar separar uma briga durante uma confraternização com colegas de trabalho em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Bruno Alves (à esquerda, na primeira e segunda foto) morreu baleado. Amigo (à dir.) lamenta o caso
Reprodução e Arquivo Pessoal
Bruno Santos Alves, o jovem que morreu após ficar 24 dias internado ao ser baleado na nuca em Praia Grande (SP), foi atacado pelas costas ao tentar separar uma briga em meio a uma comemoração com colegas do trabalho. Ao g1, um amigo do rapaz disse ter sido informado que, por conta do tiro atingir a coluna cervical, ele poderia sair do hospital morto ou tetraplégico. “Pessoa incrível”, desabafou.
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O jovem, de 24 anos, foi baleado em uma praça em frente à uma adega no bairro Anhanguera, em local próximo à loja de roupas onde ele trabalhava, em 12 de maio.
A vítima foi socorrida por testemunhas e levada ao Pronto-socorro do Quietude, mas acabou transferida ao Hospital Irmã Dulce, onde ficou internada até morrer na última terça-feira (4). A Polícia Civil investiga o caso. Ninguém foi preso.
“A gente já tinha uma base do que poderia acontecer: ele falecia ou ficava tetraplégico. Claro que ele ficaria sofrendo, mas a gente queria muito que ele vivesse”, disse ao g1 o amigo da vítima, Leonardo Arruda, de 26 anos.
Ainda segundo Leonardo, o grupo celebrava em frente à adega o aniversário de um ano da loja de roupas onde trabalhava. O amigo da vítima, que vive em Portugal desde 2023, não estava no local durante o ocorrido, mas foi informado sobre o crime.
“Chegaram várias histórias para mim […]. Acredito que ele viu a briga acontecendo, e alguma amiga estava no meio. Só que, por algum motivo, ele se virou e, covardemente, alguém atirou nele”, complementou Leonardo.
“Jeito único”
Jovem que foi baleado em praça, no bairro Anhanguera, em Praia Grande, SP, morreu após 24 dias internado
Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Tribuna
Leonardo e Bruno eram amigos há anos e, inclusive, conheciam as famílias um do outro. Mesmo com a mudança para Portugal, a distância não interrompeu o contato frequente entre eles.
“Falei para ele cuidar da minha família enquanto eu estivesse fora”, relatou Leonardo.
Segundo ele, Bruno foi adotado ainda bebê. Filho único, ele perdeu o pai quando era criança, mas morava com a mãe, que teria ficado em choque com a notícia da morte.
O amigo ainda recordou que Bruno tinha um “jeito único” de chegar nos lugares, sendo uma pessoa brincalhona e vaidosa. Com a morte repentina, ele encontrou conforto nas memórias positivas do colega.
Velório e sepultamento
Bruno Santos Alves, de 24 anos, estava em frente a uma adega, no bairro Anhanguera, em Praia Grande (SP), quando foi baleado
Reprodução/Redes Sociais
Conforme registrado em boletim de ocorrência, obtido pelo g1, policiais militares foram acionados para atender o caso, mas encontraram a vítima já no PS, onde foram informados sobre a bala ter acertado a coluna cervical dela.
Ainda de acordo com o registro no BO, testemunhas do crime descreveram aos agentes um carro que estaria envolvido no caso. Diante disso, uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) localizou e abordou o veículo na cidade, no entanto, não encontrou nada de ilícito e o motorista foi liberado.
Outra testemunha ouvida pela polícia disse que estava dentro da adega quando ouviu o disparo. Ela relatou que foi até o local onde Bruno foi atingido e pediu ajuda para outros clientes, que o colocaram em um carro para levá-lo ao PS.
O velório de Bruno aconteceu na tarde de quinta-feira (6), na Unidade Maria do Carmo da Osan, no bairro Vila Antártica, em Praia Grande (SP). O sepultamento ocorreu em seguida, no Cemitério Morada da Grande Planície, também na cidade.
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