11 de janeiro de 2025

Linfoma de Hodgkin: entenda o que é esse tipo de câncer

O campeão olímpico de vôlei André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, morreu nesta sexta-feira (7), em São Paulo. Desde o início do ano, o ex-jogador fazia tratamento contra esse tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Pampa exibindo sua medalha olímpica, em julho de 1999
GLIBERTO LIMA/ESTADÃO CONTEÚDO
O campeão olímpico de vôlei André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, morreu nesta sexta-feira (7), em São Paulo, aos 59 anos. A informação foi divulgada pela Confederação Brasileira de Voleibol.
Desde o início do ano, o ex-jogador fazia tratamento contra o Linfoma de Hodgkin, tipo de câncer que se origina no sistema linfático, que é o conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo.
Entenda mais abaixo.
1- O linfoma de Hodgkin é um câncer?
Sim, é um câncer. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo.
Formado por vasos e gânglios, o sistema linfático é responsável pela por produzir e amadurecer as células de defesa do organismo, além de drenar e filtrar o excesso de líquido do corpo.
2 – Quais são os principais sintomas do linfoma de Hodgkin?
Em geral, o paciente percebe a presença de linfonodos, que se apresentam como caroços, muitas vezes indolores.
Essas ínguas aparecem com frequência também no pescoço, nas axilas e na virilha.
Outros sintomas dependem do local onde o câncer está, mas podem incluir febre, perda de peso, fraqueza e aumento do volume do abdômen.
Conheça os sintomas do linfoma não-Hodgkin
3 – Como é feito o diagnóstico do linfoma de Hodgkin?
O Inca informa que o diagnóstico do linfoma de Hodgkin é obtido por meio de biópsia da região afetada. A biópsia consiste na retirada de uma pequena parte ou de todo o linfonodo, que é então enviado para exame em laboratório.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o linfoma de Hodgkin pode ser classificado em dois grupos: linfoma de Hodgkin clássico e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular, presente em apenas 5% dos casos.
4 – Como é feito o tratamento do linfoma de Hodgkin?
De acordo com informações do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o tratamento do linfoma de Hodgkin é baseado em fatores como idade do paciente, estado clínico geral, tipo e localização do linfoma.
Vários tipos de tratamento podem ser realizados para o linfoma de Hodgkin, por exemplo, quimioterapia, radioterapia, anticorpos monoclonais e quimioterapia de alta dose com transplante de medula.
As duas principais formas de tratamento do linfoma de Hodgkin são a quimioterapia e a radioterapia.
5 – Quais as diferenças entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma de não-Hodgkin?
Apesar de terem sintomas parecidos, os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são diferentes.
De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após biópsia é possível fazer a diferenciação.
O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia de primeira linha. Isso quer dizer que, logo no primeiro tipo de tratamento que o paciente faz, ele tem boas chances de apresentar bons resultados.

Mais Notícias